como a neve. [poesia]

avalanche.

Quando eu te vi pela primeira vez,

Estava escuro e eu não consegui distinguir a cor dos seus olhos.

Você disse que minha boca era bonita,

Mas que eu beijava mal.

Você pegou minha mão e me mostrou o paraíso,

Enquanto Panic! At The Disco tocava no fundo,

E eu não ouvi mais nada pelo resto da noite,

Porque seu cheiro era delicioso e seu sorriso me deixou sem palavras.

Quando você foi embora naquela noite,

O fantasma do seu toque me manteve acordado,

E o som da sua voz ecoou no meu quarto.

Quando eu te vi pela segunda vez,

O sol estava alto no céu e o vento balançava seu cabelo escuro.

Você sorriu para mim e a cor dos seus olhos era de tirar o fôlego,

Você me disse seu nome,

E eu te ensinei a pronunciar o meu.

Você me ensinou a beijar,

Você me ensinou a te beijar.

Você pegou a minha mão e me mostrou o inferno,

Seu corpo era quente e sua voz era suave,

E eu não conseguia tirar meus olhos dos seus lábios.

Você tocou meu rosto e me disse que era fácil de se perder na cor dos meus olhos,

Mas eu não sabia do que você estava falando,

Porque sua voz era sussurrada e porque sua pele decorava a minha cama de uma forma que nem os mais macios lençóis de seda conseguiriam.

Não demorou muito para eu perceber

Que seu sorriso, que sua voz, me mantinham preso;

Preso no calor da sua voz e no brilho do seu sorriso e no cinza dos seus olhos,

Engaiolado no fogo do seu toque,

Encantado pelo seu jeito de andar.

Não demorou muito para eu perceber

Que você era como uma avalanche:

Bonito e emocionante de observar,

Mas mortal e devastador de tocar.

Frio, tão frio que queimava um pouco.

Não demorou muito para eu perceber,

Que mesmo que eu fosse seu, mesmo que eu desistisse do céu e do inferno para estar com você,

Nunca seria o suficiente,

Porque esse simplesmente não era você,

Porque essa não era sua personalidade.

Você nasceu para ser livre, para arrastar multidões,

E eu, eu nasci para te observar de longe,

Para observar sua avalanche, tentando entender

Como algo tão bonito e puro, como você, como a neve,

Poderia ser tão frio e sem vida, como você, como a neve.

Você nasceu para isso, para arrastar o mundo,

Para destruir vidas, certezas e sonhos;

Para destruir alicerces e lares e me fazer perceber que eu não posso viver com você, mas que eu também não posso viver sem você.

Você nasceu para arrastar coisas, pessoas e corações,

E eu fui arrastado para longe.

***

Hey, gente! Essa daqui é minha primeira poesia e eu estou nervosa pra carai, scrr sjhfkjrshkr2jk

Obrigado pra qualquer um que leu isso e gostou. Eu escrevi ela para uma fanfic, mas acho que não vou publicar ela, então pensei em postar só a poesia, porque eu realmente gostei dela.

Como é minha primeira, eu tô insegura pra caralho, mas obrigado pra todo mundo que leu. <3

(Apesar de a letra ter pronomes masculinos, a poesia não tem gênero específico, pode ser uma garota falando para um garoto, um garoto falando para uma garota, um garoto falando para um garoto, etc, pode ser o que vocês quiserem. Isso é sobre uma pessoa falando sobre outra pessoa, sem gênero nenhum, só amor. <3)