Diferent Way to Love [Mitw]

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P.O.V.s Mike

Duas semanas.
Duas semanas desde que meu amor foi seqüestrado. Nós ligamos pra polícia, mas eles não conseguíram achar nenhuma pista. Nenhuma ação, nenhuma testemunha, nada.
Nessas duas semanas o Cellbit fez quimioterapia todos os dias. Na primeira semana ele raspou o cabelo.
Quando ele foi raspar, eu e o Felps fomos junto. Ver as mechas loiras escuras caindo em encontro ao chão, as mechas que um dia foram um topete lindo. Elas já não existiam.
A quimio também deixou ele sem forças, andar era um sacrifício. Ele começou a andar de cadeira de rodas. Mas, apesar de tudo, ele continuou com as piadinhas sem graça e o sorriso inabalável.
Estávamos sentados na BGS comendo pastel [sim, eles vivem à base de pastel] quando vi Cellbit rindo pro nada. Como sou curioso, quis saber o motivo:
Eu: Cell, como você continua assim tão alegre, mesmo com tantos problemas.
Cel: Mike, é inevitável. Eu tenho câncer e não há nada que eu possa fazer. Uma hora ou outra eu vou morrer,então o minimo que eu posso fazer é viver até o último momento. Me diga uma pessoa que conseguiu alguma coisa sentada na cama chorando pela vida. Não se chega a nada com isso. Eu já estou morto, a única coisa que me resta é aproveitar o pouco que me resta.
Eu fiz que sim e instalou-se um silêncio mortal. Ele foi quebrado pelo meu celular tocando.

Celular On

???:Alô, senhor Lynniker?
Eu: Sim, quem fala?
???: É a polícia, achamos seu namorado. O endereço é [qualquer um ae que tô com preguiça]
Eu: Já estou indo.
Eu levantei e gritei:
Eu: Acharam o Pac!
Todos se levantaram e Felps começou a empurrar o Rafael. Entramos no carro e eu dirigi até o endereço. Paramos numa fazenda, uma ambulância estava parada, e enfermeiros levavam um Pac ensanguentado para dentro.
E Rezende segurava uma arma.
Ele me viu e apontou a arma pra mim:
Re: Você, a culpa é sua.
Eu: Cara abaixa essa arma!
Re: NÃO ME DIZ O QUE FAZER!
E então ele atirou.
Eu mal tinha processado aquilo quando senti alguém me empurrando.
Felps caiu no chão, a barriga ensanguentada pelo tiro.
Eu me ajoelhei ao seu lado, e ouvi suas últimas palavras:
Fe: Cuida bem dele, cara.
E então seu coração parou.