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 Eu posso dizer mil vezes ao meu professor que eu não tenho aptidão para esportes, mas ele continua a acreditar que eu sou uma revolução do vôlei mesmo depois de errar dez saques. Além de eu não ter uma força necessária no braço pra fazer tal coisa, minha mão é delicada demais para bater em uma bola. 

—Professor, me deixe ir, por favor! — Imploro no fim da quadra, enquanto uma jogadora adversária dá de manchete na bola. — Eu fiz minhas unhas ontem, tenha piedade. 

 Ele olha para mim com um ar de decepção. Os músculos faciais se contraem por algum tempo, depois suavizam. Sim, eu estou acabando com a chance de ter uma nota boa nessa matéria tão simples, mas eu não aguento mais "apanhar da bola", ainda mais quando há vários alunos do terceiro ano na arquibancada.

 — Tudo bem, então. Porém você terá de ficar depois da aula. Trinta minutos de detenção para que não fique com nota vermelha comigo. Vou passar alguns exercícios e você os terá de fazer. — Meu professor diz. — Está liberada por ora... Lilian, entre no lugar de Catarine!

 Saio da quadra me sentindo vitoriosa. Vou até onde minha melhor amiga, Bia, está e conto para ela que eu, a garota sortuda, ficarei trinta minutos em uma sala-de-aula sozinha com o professor mais gato do colégio! Dá pra acreditar?

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⏰ Última atualização: Dec 12, 2017 ⏰

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