Prólogo.

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"Não fique triste com a despedida. Ela é necessária para que possamos nos encontrar mais uma vez."

Prólogo.

Doncaster, 1998

-Nicole, Louis, venham almoçar! – minha mãe apareceu na janela da sala e nos chamou.

-Já vamos, mamãe! – a olhei. Ela saiu da janela e eu olhei na direção de Louis, que já havia se levantado do chão.

-Levanta! – ele me olhou. Eu estendi os braços e ele riu. – Sua folgada!

-Não sou nada, Lou. – ele pegou minhas mãos e me puxou. Fomos em direção à porta da minha casa, eu abri a mesma e nós entramos. – Estamos aqui. – entrei na cozinha, acompanhada de Louis.

-Sentem-se. – minha mãe colocou uma travessa de macarrão em cima da mesa, eu e Louis nos sentamos, ela nos serviu e nós começamos a comer.

Nós terminamos de comer um tempo depois e Louis foi para a casa dele se trocar, pois minha mãe ia nos levar até o parque.

Chegamos ao parque, andamos um pouco e depois de algumas horas minha mãe decidiu nos levar até uma Starbucks antes de ir embora para casa.

-Tenho que arranjar um apelido pra você. – Louis falou e eu ri. – Deixa eu ver... – ele ficou olhando para mim por alguns minutos. – Ursinha.

-Ursinha? Por que ursinha? – perguntei e Louis deu de ombros, em seguida tomou um pouco de seu chocolate quente.

-É bonitinho e ursinhas são fofas, como você. – falou.

-Okay. – dei de ombros.

-Já podemos ir, crianças? – minha mãe se aproximou da mesa após pagar os dois chocolates quentes e seu capuccino.

-Já. – eu e Louis nos levantamos e saímos, juntos a minha mãe, da cafeteria.

Doncaster, 2001

-Tia Lisa, a Nicole tá em casa? – ouvi Louis perguntar e olhei em direção a porta.

-Tá sim, Louis. – minha mãe falou. – Entra.

Vi Louis entrar em casa, me levantei do sofá e fui até ele.

-Quer falar comigo? – perguntei.

-Quero. – falou. – Pode vir comigo?

-Claro. – falei. Nós saímos da minha casa e eu fechei a porta. – Pode falar.

-Não quero que fique triste, mas... – Louis colocou uma de suas mãos no bolso do casaco e deixou a outra atrás de suas costas, desde que entrou em minha casa.

-Fala logo! – falei.

-Eu, minha mãe, Charlotte e Felicite vamos nos mudar. – falou.

-Ah, é isso. – falei. – Pra onde vão? Não vão ficar muito longe, não é?

-Duas horas e quarenta e cinco minutos. – falou.

-O que significa isso?

-Estarei a duas horas e quarenta e cinco minutos daqui. – falou. – Vou pra Londres, ursinha.

-Não! – o abracei. – Você não pode. – lágrimas começaram a rolar, molhando meu rosto.

-Desculpa. – ele me envolveu em seus braços.

-Você vai voltar, não vai? – o soltei e olhei em seus olhos.

-Eu não sei. – falou. – Talvez eu venha passar uns dias quando puder. – ele secou minhas lágrimas. – Quero que fique com isso. – ele me entregou um ursinho. – Sempre que olhar pra ele vai se lembrar de mim. – peguei o urso e abracei Louis novamente.

-Prometa que vai voltar e procurar por mim? Prometa que nunca vai me esquecer? – pedi.

-Eu prometo. – falou.

-Espere um minuto. – o soltei e entrei em casa.

-O que está fazendo, Nicole? – minha mãe perguntou ao me ver subindo as escadas correndo.

Entrei no meu quarto, peguei uma pulseira, que eu mesma havia feito na aula de arte da escola, saí do meu quarto, desci correndo as escadas, passando pela minha mãe, que estava com meu irmão de dois meses nos braços, saí de casa e fechei a porta.

-Toma, fique com isso. – peguei a mão de Louis e amarrei a pulseira em seu pulso. – Sorte que eu não deixei a pulseira tão feminina.

-É linda. – ele sorriu. – Nunca vou tirá-la do pulso, prometo.

-Eu espero. – sorri.

-Louis, vamos! – ouvi tia Johanna o chamar.

-Tenho que ir. – falou.

-Eu sei. – falei. – Volta logo.

-Vou tentar. – Louis deu um beijo me minha bochecha e se afastou, me deixando em frente a minha porta, chorando.

Entrei em casa, após perder o carro de Johanna de vista.

-Tá tudo bem? – minha mãe perguntou.

-Não. – a olhei. – Louis foi para Londres.

-Eu sinto muito filha. – falou.

-Eu vou pro meu quarto, quero ficar sozinha. – subi as escadas.

-O que é isso na sua mão?

-Louis me deu. – a olhei e ela sorriu.

Terminei de subi as escadas, entrei no meu quarto, fechei a porta, me deitei na cama e fiquei por lá a tarde inteira, abraçada ao ursinho que Louis havia me dado.

Ele tinha que ir embora logo agora, logo quando meu pai sai de casa e minha avó morre por conta do câncer? Por que a vida tem que ser tão injusta às vezes?

Espero que Louis volte logo!



Best friend... Forever?Onde histórias criam vida. Descubra agora