Capítulo 30

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Por favor, leiam esse capítulo ouvindo a musica Cry da Mandy Moore.

Fazia 3 dias que Demétria estava internada. Nunca na minha vida 3 dias pareciam uma eternidade.

Eu várias vezes no dia, me pegava relembrando de nossos momentos.

"Não se apaixone por mim"

"Você diz a todo momento para eu não me apaixonar por você, sendo que você está apaixonada por mim"

"Cuide de sua vida, não é porque você é assim que tem que querer que as pessoas sejam como você".

"Não desafie a vida, muitos dariam tudo para ter a sua saúde".

"Eu estou doente, tenho leucemia".

Aquelas lembranças me machucavam, me machucavam e muito. Porém eu não queria esquece-las, eu queria relembra-las, guardar todas em minhas memórias, memoriza-las o máximo.

"Eu amo você Willy"

Eu estava nesse momento sentado na poltrona ao seu lado, vendo a mesma dormir pesadamente, beijei sua testa, e me levantei dali. Fazia exatamente 5 horas que eu estava ali ao seu lado apenas a observando.

Sai do quarto indo até o berçário, eu costumava passar longos minutos ali visualizando Genesis.

Ela era um bebê de sorte, sorte não, diriamos abençoado, com apenas 5 meses, 3 dias de nascida estava passando por tanta coisa. Ali eu vi que ela seria como Demi, porém saudável.

Fiquei ali a observando, quando vejo Dianna tocar meu ombro.

_Você precisa descansar.

Ela falou olhando Genesis comigo.

_Não, eu estou bem.

Dianna suspirou.

_Isabella precisa de você também.

Bufei a fitando, ela tinha razão, eu tinha uma filha. Isabella precisava de mim.

Assenti, concordando com Dianna.

_Cuide dela pra mim, se ela acordar, diga que fui ficar com Isabella.

Dianna assentiu.

Sai do hospital, eu precisava me acostumar com a idéia, eu precisava viver. Isabella estava em casa com minha mãe, ultimamente era assim.

Haviamos contado a ela sobre Demi, e a menininha dizia que a mãe era um anjo que estava voltando para o céu.

Se fosse analizar, era isso. Demétria era tão certa, tão pura, não tinha sentido algum Deus querer leva-la.

Levei Isabella para tomar sorvete, e depois fomos ao parque, precisavamos nos divertir.

Aquele dia foi batante cansativo e até que sair com Isabella, era uma boa idéia, estavamos andando pelo parque quando Bella cismou em querer um algodão doce, comprei um pra ela e fomos andar na roda gigante.

_Papa, aqui é tão alto.

Ela falou alegre.

_É sim filha.

Isabella comeu seu algodão doce cor de rosa fitando o céu.

_Será que podemos ver a mamãe?

Ela se referia ao céu.

Aquilo foi um choque pra mim, a roda gigante parou la no alto, e eu a olhei colocando a mão em seu peito próximo ao coração.

Eu Sempre Lembrarei (Dilmer)Onde histórias criam vida. Descubra agora