Novo, tudo completamente novo.

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Seria até estranho se esse dia começasse com Anna feliz, ela não estava nem um pouco feliz ou empolgada com o que o destino havia lhe reservado. Seus pais se separaram e bom, Anna moraria com seu pai, o senhor Rivera, professor de filosofia de uma faculdade com renome na cidade grande. Um homem certamente bondoso e amoroso que cresceu em uma cidadezinha pequena no interior, chamada Mansus. 

Para Anna, Mansus era apenas um pesadelo, quem poderia imaginar que no auge de sua vida social seria obrigada a se mudar para uma cidade onde todos se conhecem e sabem um da vida do outro. E lá se foram, Anna e papai para a pequena cidade que para ela não havia nada de interessante. 

Ok, serei positiva pensou Anna assim que adentraram na cidade, árvores floridas cobriam a maior parte daquela cidade, Anna e papai morariam perto do parque Lajor, um ótimo lugar para se fazer amizades já que todos com a idade de Anna frequentavam ali. 

Enfim na nova casa, enfim no novo quarto. Piso e teto de madeira, janela grande e baixa. Anna já arrastou sua cama a deixando encostada na janela que dava exatamente na janela de seus vizinhos. Senhor Rivera arrumava tudo pela sala e Anna terminava de decorar seu quarto quando viu uma garota de cabelos escuros e roupas pretas na janela de frente para a dela, Anna se assustou com o estilo da garota. Será que todos nessa cidade são assim? Pensou Anna. Mas prosseguiu com a organização do quarto e ajudando seu pai no resto da casa. 

No dia seguinte Anna já acordou pronta para seu primeiro dia de aula na escola Kalos del Mar a única que existiria na pequena cidade. Anna mal tomou seu café e já foi saindo, fechou a porta ao mesmo tempo em que pode ser ouvida a batida na porta dos vizinhos na frente, Anna novamente viu a garota de cabelos e roupas pretas que saia apressada mal notando-a. Anna chamou por ela quase que a cumprimentando. — Ei, olá sou Anna, sua vizinha da frente, está indo a escola? 

Mia parou por um segundo olhando-a de cima a baixo. — Ah, oi. Sou Mia Lanske e sim estou indo para aquilo que você chama de escola. 

Anna ficou na defensiva por não saber lidar com o jeito misterioso de Mia e perguntou se poderia acompanha-lá por não saber exatamente onde era a escola. Mia fez que sim e seguiram dali. Metade do caminho foi aquele silêncio mortal, a outra metade foi de Anna falando sobre o que havia acontecido para que chegasse até Mansus, Mia ouvia tudo e dizia poucas palavras. Chegando na escola, Mia passou seu número a Anna e disse que se ela precisasse de qualquer coisa e se despediu com um sorriso dizendo — Você é até legalzinha, doce Anna. 


Doce Anna.Onde histórias criam vida. Descubra agora