Take in

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Oi, bem para deixar claro essa one-shot não é minha mas tenho total autorização da autora para poder postar ela aqui, ja que originalmente ela foi postada no Anime Spirit, e esse é o perfil da linda da Brenda que é a autora da fic http://animespirit.com.br/t0mmopfvr , bom espero que vcs gostem dessa one-shot tanto quanto eu gostei, e já vou avisando que ela é bem hot :)

- Onde pensa que vai? – indaguei afastando a xícara, que continha um dos meus chás favoritos, dos lábios.

            - Não sabia que te devia satisfações Louis. – retrucou ajeitando a gola de sua jaqueta feita de couro, a mesma lhe cabia como uma luva dando a ele um ar despojado e sexy.

            - Enquanto você estiver debaixo deste teto, usufruindo do meu dinheiro... Deve sim. – fitei-o ingerindo o resto do liquido quente, que por pouco não me queimava a garganta. – Mas voltando anteriormente, aonde vai Harry?

            Era quase meia noite, estava aconchegado em minhas cobertas bebericando um delicioso Yorkshire Tea, vez ou outra parando para observar o que se passava na TV e inalar aquele cheiro de menta. Escutei, minutos antes, Harry falar ao telefone com alguém especial, creio eu. O jovem não deixava implícita tamanha animação, devia ser mais de uma de suas noitadas ‘noitadas’. Quando este passou pelo corredor em vestes apresentáveis, cabelos desajeitadamente alinhados, num perfume forte que me doía a cabeça, conclui que ele iria sair de novo. Estava tarde e nem maior de idade ele era, que autoridade acha que possuía?

            - Vou sair, não posso mais? – bufou entrando a passos tímidos no cômodo.

            - Já deu uma olhada nas horas? – ergui meu tronco, apoiando em um dos braços deixando minhas costas nuas – costumava dormir apenas de boxer – encostarem-se à madeira da cabeceira.

            - Eu não me importo não me trate como criança Louis. – revirou os olhos em desdém. – Você não é o meu pai! – cuspiu as palavras cruzando os braços frente ao peito magro.

            - Eu não disse que era. – proferi simplesmente, pousando o recipiente de porcelana sobre o criado-mudo ao lado da cama.

            - Então não haja como se fosse. – disse dando-me as costas pronto para abandonar o quarto.

            - Você não vai sair uma hora dessas.

            Duvidas porque sou tão autoritário com este jovem que aparentemente mora comigo? Sou seu dono? Seu marido? Seu namorado? Não. Eu sou seu irmão mais velho, Louis. E a criança rebelde é Harry, dois anos mais novo que eu.

            Não estou o impedindo de sair porque sou chato, mas sim porque é a quarta vez essa semana que ele sai de madrugada com seus estúpidos “amigos” pelas ruas da cidade maravilhosa, ao passo que assim que retornava fedia a álcool, drogas, cigarro e sexo. Um odor dos infernos encarnava em seu corpo e eram raras as vezes que ele chegava consciente. Ao menos seus companheiros tinham a decência de largá-lo na porta de casa. Houve uma vez que o levei ao hospital às pressas, o médico disse que se eu não o tivesse salvado, ele morreria por overdose junto ao cansaço de seu corpo que suportava pesadas doses de drogas e horas à fio de sexo.

            Mas Harry enxergava o esforço que eu fazia por ele? Absolutamente não. Nós nascemos em Londres, eu cursava ciências em uma das melhores universidades de lá, meu sonho desde menino era ser cientista, criar respostas para perguntas insolucionáveis, achar cura para doenças, criar esperança nos olhos daqueles que já tinham perdido tudo. Harry, por sua vez, tinha um talento musical de fazer inveja, sua voz rouca combinada ao par de olhos verdes e os cachos voluptuosos que lhe cobriam inúmeras vezes as vistas, o davam um charme fundamental para conseguir o que queria.

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