1 - O Assalto

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Emma estava na delegacia em mais um dia de plantão. Ela precisava colocar a papelada em dia para entregar a Regina ainda naquela tarde, o que estava a deixando profundamente irritada, ela nunca iria conseguir entender a utilidade daquilo para Regina, mas pelo menos era uma desculpa para ver a prefeita sozinha. A xerife estava quase finalizando seus relatórios semanais quando o telefone da delegacia toca.

- Delegacia, boa tarde. - A loira diz tentando não transparecer sua irritação.

- Espero que esteja terminado seus relatórios, Srta. Swan. – Ao escutar a voz de Regina, Emma sente um arrepio percorrer em sua coluna.

- Aconteceu alguma coisa, Madame Prefeita?

- Alguém invadiu meu cofre. - Regina diz sem enrolar.

- Já estou a caminho. - Emma desliga e vai imediatamente verificar a ocorrência.

(...)

Regina passara parte da manhã em seu gabinete na prefeitura pensando em como faria a Salvadora finalmente provar de seu fruto proibido. Há meses que a Prefeita vinha sentindo uma vontade avassaladora de fazer Emma pagar caro pelas suas noites mal dormidas por conta de tudo que ocorrera desde que chegara a cidade e não só por isto, mas também pelo desejo de possuir a loira em seus braços e fazê-la gemer seu nome loucamente pedindo cada vez mais por aquele prazer que muitos desejavam ter. Em meio aos seus devaneios, uma pequena ideia surge e faz com que a prefeita tome a decisão naquele mesmo instante. Regina some em meio a sua fumaça purpura e reaparece em seu cofre.

Regina para em frente ao espelho que utilizara um dia para enviar sua mãe a Wonderland e fica se olhando por uns instantes antes de estralar os dedos e sua roupa ser trocada magicamente, substituindo o terninho e saia da cor grafite e a camisa de seda preta por um de seus trajes da época em que ainda era Evil Queen na Floresta Encantada. A Prefeita estava com o cabelo todo preso para alto deixando-o volumoso na parte de trás, em suas orelhas ela utilizava um par de brincos de diamantes. Regina utilizava um max colar também feito com diamantes que tomava-lhe toda a região do busto onde sua pele ficava exposta. Ela trajava um blazer de veludo vermelho, a gola alta era preta por dentro e seu decote ia até o meio do seio, o blazer também possuía uma calda que se movimentava de acordo com que Regina caminhava, a manga comprida continha uma pequena renda branca para contrastar com a cor preta da parte interna do blazer. Ela utilizava uma calça de couro preta, valorizando ainda mais suas belas pernas torneadas e calçava uma bota de salto alto, um dos mais finos que possuía, o cano da bota ia até a altura do joelho. Sua maquiagem era marcante, os olhos eram destacados por lápis preto, um conjunto de sombras de tons médios e delineador, seus lábios eram marcados por batom vermelho sangue. Assim que ela se analisa mais um pouco no espelho, ela faz uma pequena bagunça no local para transparecer que alguém havia mexido ali e se senta em um de seus baús num canto escuro do cofre, ela pega seu celular e liga para a xerife, fazendo uma falsa ocorrência de assalto ao seu cofre.

Menos de dez minutos depois da ligação, Emma entra no cofre com a arma em mãos e uma lanterna, revistando a primeira câmara. Ao ver que estava tudo bem, ela adentra na segunda câmara, logo vendo a bagunça deixada pelo assaltante e revista o local, verificando que estava tudo bem.

- Regina? – Emma a chama preocupada. – Onde você está?

- Quem você pensa que é para me chamar de Regina? – Uma voz diz friamente a Emma, a fazendo se arrepiar inteira. – É Vossa Majestade para você, Salvadora.

Emma se vira para o local que vinha a voz de Regina com a arma já guardada em seu coldre e ao ver a Prefeita ali, ela sente um calafrio percorrer seu corpo, ela tenta abrir a boca para falar alguma coisa, mas em vão.

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