Prologo - Arco de Sakamoto

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Hôkkai - Colapso




Hokkaido - 27 / 11 /???


No quarto escuro, uma figura cansada que usava jaleco folheava alguns livros, enquanto olhava um velho microscópio.


- Impressionante como minha pesquisa sobre células tronco evoluiu, mas algo está faltando, se eu descobrisse o que seria logo isso, eu poderia realizar um grande avanço aqui. Interessante como isso chama a atenção de alguns investidores, só que ainda assim não é o suficiente. - Pensava Sakamoto, enquanto olhava uma de suas amostras em seu desarrumado laboratório, que por sinal ficava no 2° andar de sua casa.


Ao procurar um livro em sua mesa, acidentalmente derruba uma revista, que ao cair no chão solta um folheto.


"As células tronco são bastante utilizadas no tratamento de alguma doenças, possivelmente até AIDS". (Trecho retirado de seu artigo sobre células tronco).


Quando volta a folhear o livro que tinha como título "Células Tronco: Investigando suas capacidades". Sua esposa o chama para jantar:


- Amor, está na hora do jantar, pare de tagarelar aí, sua filha está tentando fazer o Dever de casa. Aliás, você prometeu ajudar ela não foi? - Sua esposa reclamando diz - Se não se apressar vai esfriar!


~ "Por um instante me senti fora do mundo". ~


Como quem tinha esquecido responde:


-Opa, já estou descendo! - "Mais o que poderia ser isso que acabei de ver" -Questiona-se em seu pensamento com um olhar preocupado.


Ao descer do sótão, passa pela sala e segura sua filha nos braços, a qual estava tentando fazer um simples dever de tabuada da 3° Série.


-Ainda não terminou seu dever Keiko? - Perguntou a encarando.


-Hehe, ainda não me dou bem com números papai - Responde sorrindo - Papai, porque o Senhor está sempre de jaleco? - Com seus pequenos olhos pretos fitando-o.


-Você ainda não é capaz de entender isso ainda meu Anjo - Tenta esquivar-se da pergunta, mas percebendo que ela herdou a persistência da mãe - Podemos dizer que isso é a identidade de um cientista - Responde


-Cientistas usam jalecos até pra comer? - Continuou perguntando


Limpando a voz diz:


-Bom, eu já respondi sua pergunta haha, sua cota de perguntas acabou, vamos comer! - Esquivando-se com êxito da outra pergunta.


~Ao se sentarem à mesa~


Ao se sentarem à mesa a Senhora Sakamoto o lembra:


- Ukyo, os investidores ligaram dizendo que amanhã o dinheiro da pesquisa já estará no banco.


-Ah, obrigado - Responde com um olhar preocupado


-Algo aconteceu? - Interroga a esposa


-Não, nada - Responde coçando atrás da cabeça.


-Sakamoto, eu te conheço, conta logo. - Falando como se fosse um detetive em um interrogatório.


-Bem, recentemente tenho tido visões com algum tipo de destruição, como se fosse uma gigante explosão, mas quando lembro disso sinto um grande aperto no coração. -Respondeu com um olhar aliviado.


-Não guarde essas coisas meu amor, é sempre bom desabafar é como se retirássemos um peso das nossas costas.


-Isso não se aplica ao grande Ukyo Sakamoto! - Exclama com um olhar desconfiado - Eu não tenho fraquezas como esses meros humanos!


-Sei, sei - Responde pegando os pratos da mesa e levando para a pia.


-Como está indo sua pesquisa sobre células sei-lá-oque? -Puxa um assunto.


-Acho que queria dizer células tronco não? - Responde
-Isso! Ainda não consegue entender sua capacidade de divisão?


-Talvez, estou começando a notar um padrão na divisão, só que preciso de um novo aparato (Como Sakamoto chama os equipamentos de seu laboratório ^^), aquele maldito microscópio está começando a dar defeito. -Resmunga


-Se você desapegasse dele, talvez, com os fundos da pesquisas pudéssemos comprar outro, eu não entendo por que você continua usando ele mesmo após 6 anos.


-Não diga isso! Eu nunca abrirei mão do aparato número 01! - Responde com um olhar magoado.


-Ops, eu tinha esquecido desse detalhe hehe...E se reservássemos um lugar só pra ele e comprássemos outro? - Sugere.


-Nunca, o lugar dele é comigo!


-Ahm, tá bom eu desisto...


-Haha "Vencemos essa meu querido aparato", amor que horas são? - Pergunta bocejando.


-Já são 22h30min - Logo olha para a filha e lembra - Nossa Keiko, já está na hora de você ir dormir!


-Não mãe, não quero dormir - Responde agarrando se ao Pai.


-É filha não tem jeito (risos), até eu tenho que acordar cedo amanhã e você tem que ir pra escola.


-Tá bom ...


~Todos arrumam a mesa e vão em direção ao quarto para dormir~


No dia seguinte, a manhã bem iluminada acorda Ukyo com pequenos raios de sol que escapavam pela cortina da janela, não demora muito até que ele se levante, logo, vai em direção ao banheiro, escova os dentes, e anda rumo a mesa para tomar o café da manhã.


Agarrando uma xícara de café que sua esposa já havia deixado pronta, senta no sofá e liga a televisão no canal do jornal local.


Aaghhr, tenho que ir buscar o dinheiro no banco. - Fala lembrando e se espreguiçando.


Após alguns minutos, o jornal é interrompido por uma manchete urgente. Um serial killer não identificado mata 7 pessoas e continua foragido em Hokkaido, diz a âncora do jornal, mostrando cenas tiradas da câmera de um Supermercado mostrando a ação do criminoso.


-Nossa, hoje será uma segunda-feira bastante agitada. - Diz enquanto houve barulho de sirenes distantes no bairro.


~Pegando seu jaleco e as chaves da casa, tranca-a e vai andando rumo ao banco.


No caminho~


-Acho que estou ficando louco, tive um sonho com a mesma visão de ontem. -Segue andando com um olhar preocupado - Tomara que seja apenas um mal pressentimento.


De repente, ao chegar perto de um bosque que ficava a 1000 metros do banco, Sakamoto nota a figura estranha de um homem, que corria em sua direção, achando isso normal, pensando que ele podia estar atrasado para alguma coisa, segue andando.


No entanto, ao chegar à cinco metros de Ukyo, o aparente homem que tinha mesma altura que ele, nota que as roupas do indivíduo eram estranhas, ao ver que ele anda de forma estranha como se escondesse algo, logo percebe que se tratava do serial killer que tinha atacado o Supermercado, em um ímpeto Sakamoto vira-se para correr, mas é acertado por um golpe em cheio na nuca, que o desacorda.



FIM DO PRIMEIRO CAPÍTULO - Hôkkai - COLAPSO


Arco Sakamoto

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