Prologo - Arco de Sakamoto parte 02

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Quando volta a consciência, Sakamoto ainda está atordoado pelo grande choque em sua cabeça, ao se levantar passando a mão no grande "galo" gerado pela pancada, Ukyo nota que suas roupas estão trocadas e houve o som de sirenes distantes.


-Preciso contatar a polícia, não permitirei que ninguém use meu "jaleco" por aí! - Levanta-se e vai em direção a polícia.


Ao chegar perto do grande tumulto do supermercado, o qual havia sido palco do serial killer, Sakamoto é reconhecido, mas não como Sakamoto e sim como o serial killer e rapidamente é cercado por policiais que o imobilizam e jogam-no dentro do camburão, aquele criminoso era tão perigoso, que os policiais não se dariam ao luxo de pensar duas vezes.


Assim é levado para o Presídio de Segurança Máxima da Cidade de Hokkaido, um grande complexo feito especialmente para conter os piores criminosos da região. Sendo assim monitorado por câmeras e policiais especialmente treinados.


Não tendo direito a dar nenhuma palavra sequer, Ukyo é jogado dentro de uma cela escura e empoeirada atraindo os olhares de outros presos que imaginavam "esse aí é perigoso". Por volta de meio-dia, não muito tempo após ser jogado na jaula, Sakamoto começa a sentir fortes dores de cabeça, no momento sua mente estava ocupada pensando em sua família, pensamento que logo é mudado quando sente certa tontura a ponto de apoiar-se na cama ao lado.


-Mas que sentimento é esse? -Sentindo tudo começando a girar, logo adormece.


Assim tendo o mesmo sonho de sempre, Sakamoto se via agora fora da prisão que ficava no alto de um morro fora da cidade de Hokkaido, olhando pra uma imensa explosão que começava na outra banda da cidade e com uma onda de choque que jogava aos ares tudo pela frente até alcançar a prisão.


Em um susto Sakamoto, volta a realidade, dessa vez com uma expressão apreensiva no rosto. O sonho não era o que o perturbava e sim o que sentia no momento que estava sonhando.


-Que dor no peito...Por que esse sonho sempre é tão real ...? - Logo tem uma ideia do que estava acontecendo ou que ia acontecer.


-Lembro de certa vez, em uma de minhas buscas na internet encontrei uma teoria bastante controversa, mas com certos ponto vistas a serem considerados, neste instante a teoria começava a ter sentido. - Assim pensou.


O teoria a qual Sakamoto pensava era tal que dizia, que certos sentimentos podem ser passados através do tempo para a mente, como uma premonição, mas nesse caso os sentimentos de um Eu futuro de certo indivíduo, sendo muito fortes podiam superar a barreira do tempo e ir para trás, como um dejavuh sem visões.


Vendo como isso se encaixava naquele momento, não restava dúvidas de que algo iria acontecer e que não haveria como mudar o que aconteceria e nem amenizar o Colapso eminente.


-Preciso salvar minha família - Pensando antes de tudo em sua família, Sakamoto chama um guarda próximo.


-Ei, grandalhão eu preciso fazer um telefonema. - Olhando a figura musculosa em sua frente - Eu preciso falar com minha família.


Com uma risada sarcástica - Não venha com essa, como um serial killer como você poderia ter família?


-Então me deixe falar com seu superior! - Naquele momento parecia uma boa ideia avisar sobre o sonho.


~O Guarda chama o chefe que logo vem com uma cara de gente ocupada e bastante estressado~


- O que é seu maníaco? - Interroga-o.


-Olha, eu não sei ao menos o motivo que estou aqui, mas há algo mais importante que isso, no entanto eu não sei se você como leigo no assunto entenderia, Eu preciso fazer uma ligação para a minha casa, Se eu não posso salvar a cidade talvez eu consiga salvar pelo menos minha família, é uma questão de vida ou morte! -Com semblante calmo fala, no entanto, por dentro Ukyo sentia como se algo pudesse explodir dentro de si.


~Quando termina de dizer isso surge um guarda correndo~


-Senhor, está tendo um grande tumulto na cidade, parece que há um gás saindo dos bueiros e deixando algumas pessoas estranhas, eles estão mobilizando todas as forças policiais para que controlemos os caos que está sendo gerado.


-Senhor Sakamoto, acho que tenho outras prioridades neste momento sua ligação terá que esperar, Como se um maníaco capaz de matar 7 pessoas se preocupasse com sua família. - Diz estas palavras se despedindo.


-Droga, por que parecia que eu sabia que isso acontecer? - Suspira.


Neste momento, Sakamoto vira-se e nota que há um velho no canto mais escuro da cela, e pensa em como não tinha notado a presença do mesmo.


Sussurrando:


-Ei, você também vê explosões? - Pergunta o velho e logo segue falando - Eu vejo estas explosões há 5 anos, acho que esse também foi um grande motivo de eu querer continuar preso, parece mais seguro. - Complementa.


-Impressionante como o velho sabia o que estava para acontecer. Como assim? Continuar preso? Seguro de quê? - Pergunta como filósofo questionando tudo.


-Quase ninguém se livrará da explosão, mas, aqueles que se livrarem se encontrarão com um mundo totalmente diferente. - Diz o velho, mais parecendo um devaneio de um senhor de idade.


-C-Como seguro...? - Ukyo sente um tremor gigante que abala as estruturas de toda a prisão.


Em seguida o velho responde - Ainda não sei, meu caro cientista, mas algumas pessoas desejarão estar mortas e outras presas em um lugar como esse que não há como sair e entrar...tudo isso após a explosão.


No momento, em que o velho profere a última palavra, Sakamoto vê apenas um flash- em sua mente o que lhe prendia atenção era o fato de o velho saber sobre ele ser um cientista-, e logo é jogado no chão com um grande tremor, vendo apenas que na janela havia um tipo de gás de uma cor estranha. - E Sakamoto apaga.


Enquanto isso, tudo é levado a ruína, toda a Hokkaido que Ukyo conhecia está agora totalmente diferente, não só com suas estruturas mas também com seus cidadãos. Colapso.



FIM DO SEGUNDO CAPÍTULO - Hôkkai - COLAPSO


Arco Sakamoto


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