Prologo - Arco de Sakamoto parte 03

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Ao acordar, Sakamoto sente um grande zumbido como se tivesse perdido a audição. Não vendo muita coisa por causa do desmoronamento de algumas partes da prisão, percebeu que algo daquela magnitude abalaria qualquer estrutura a sua frente. Com um rápido olhar a sua volta Ukyo se vê cercado por poeira e escombros, assim notando que uma pedra estava sobre sua perna, Sakamoto meche o membro ligeiramente com o intuito de ver se houve algum dano sério, logo nota que a pedra poderia ser removida e assim faz.


Com muita dificuldade e com o tornozelo lesionado Sakamoto coloca-se de pé, neste momento consegue pensar com mais clareza, encosta-se em uma das grades da cela que pareciam estar firmes, logo se rompem com facilidade.


-O que será que aconteceu? Como algo poderia afetar tais barras de metais - Pensou - Será se o meu sonho foi pura premonição? Talvez.


Quando olha a sua frente Ukyo, vê como toda a prisão foi afetada, curiosamente nota que algumas celas estavam vazias, no entanto, outras não, isto significava que 7 dos mais perigosos criminosos de todo o Japão estavam livres para andar pelas ruas.


Ao ser levado para a prisão, Sakamoto fez questão de memorizar toda a estrutura e topografia da prisão. Assim sabendo quais as melhores rotas a serem tomadas no caso de uma fuga. Como ele pensaria nisso?


Com uma rápida análise do terreno, Ukyo nota que umas das duas principais rotas estão bloqueadas por um imenso escombro, grande de parte da prisão havia decido do térreo para as sub-celas com o Colapso. Então decide subir pela entrada principal visto que a saída de emergência estava bloqueada. Após dar 4 passos Sakamoto houve um chamado, este era de um preso que teve o quadril para baixo esmagado, o mesmo desesperado pedia por ajuda ao perceber que alguém se aproximava. Ukyo, ao ver a situação do preso logo decidiu o que tinha que fazer e continua andando, e assim o preso chama-o desesperadamente


-Você ai! Não vai me salvar!? Por favor me ajude, você também cometeu crimes nós somos iguais, eu também tenho direito de viver! - A este momento as palavras do preso não pareciam ao menos sãs.


Sakamoto vira-se:


-Preste atenção, acho que você não está conseguindo avaliar bem a sua situação neste momento, e também não compreende a diferença entre nós. -Respondeu Ukyo com um tom de frieza - Veja, você a este momento já deve estar com a síndrome do esmagamento. Contudo, com meu tornozelo machucado eu mal conseguiria andar carregando alguém, eu posso lhe dar motiv...o-o.


Mal tinha terminado de falar, algo desprende-se do teto e esmaga a cabeça do preso o dando um fim no seu sofrimento e uma morte rápida. Não vendo outra opção a não ser continuar Sakamoto segue seu caminho até chegar a bloco parecido com uma enfermaria, procura-lhe algo útil e avista um jaleco e logo sua mania de andar sempre de branco o ataca, não demorou muito e Sakamoto já estava dentro do jaleco, assim prossegue até um bloco que levaria até a entrada do complexo de celas ou seja, a saída. Entretanto, ao se aproximar, Ukyo ouve passos além do seus e logo de modo precavido esconde-se em um canto que lhe dava visão a entrada. Neste momento, Sakamoto vê um guarda morto estranhamento por facadas, desconfiado continua esperando por mais algum barulho.

Não demorou muito até que uma estranha silhueta aparecesse diante a porta, controlando-se para não fazer nenhum barulho Ukyo passa a observar, e nota que esta figura tinha o rosto totalmente desfigurado, parando um pouco para pensar Sakamoto nota que um gás relacionado a desfiguramento não era pura coincidência. E como pesquisador e cientista, Ukyo logo lembra-se da Arma "Dymus".


Entretanto, não se via correlação entre a explosão e Dymus, porque de fato o gás Dymus é muito difícil de ser manuseado uma explosão não liberaria este gás, não por ser frágil mas por sua complexidade como neurotoxina, que não só afetava a aparência mais o psique de quem ficava em contato com a mesma. No entanto, esse projeto foi descartado por ser inconclusivo.


Logo, Sakamoto percebeu com o que estava lidando, além de ser afetado pelo gás, o estranho poderia ser um dos presos que matariam qualquer pessoa a sua frente por mera diversão. Assim, olhando para o guarda morto Ukyo vê uma arma.


-Está carregada, talvez por pura proteção eu devia tomar ela para mim -Assim pensou não querendo assumir riscos desnecessários.


Ao se passar minutos, que mais pareciam anos por causa do nervosismo, algo chama atenção daquela estranha aparição encapuzada. E num ímpeto, Sakamoto estava com a arma em suas mãos, no entanto, ao voltar para as sombras Ukyo pisa em falso e acaba por dar um baixo gemido de dor, atraindo de forma imprevista a criatura, que agora se movia em sua direção.


Neste momento, Sakamoto relembra os conceitos de um cientista, analisar o fato, tirar conclusões e fazer o experimento. Só que neste instante, seu cérebro de cientista era obrigado a pensar ligeiramente. Com isto, aparição notando a presença de Ukyo, corre em sua direção mostrando uma faca que portava na mão esquerda. Rapidamente, Sakamoto desvia de um golpe aparentemente certeiro, desse modo não vê opção, na situação atual, de sair vivo ao menos que atirasse naquele momento na estranha aparição.


Subitamente, o cientista pressionado pelo instinto assassino da criatura, saca sua arma e acerta o coração da aparição com um tiro de calibre 38. Não demorou muito até que a silhueta fosse rumo ao chão. Logo, Ukyo sente o peso da morte de uma "pessoa", com ânsia de vomito Sakamoto afasta-se do corpo, guardando a arma no jaleco assim percebendo que esta seria uma ferramenta bastante útil.


Finalmente chegando fora da prisão, Ukyo nota como todo o Colapso da explosão deixou a cidade em ruínas, nesse momento já se passavam das 5:30 da tarde, prédios, casas, ruas e pontes; tomadas pelo vermelho do fogo e destruídas pela grande onda de choque. Sakamoto nota que agora estava no mesmo lugar de seu sonho só que de uma maneira diferente, agora era real e ele não via a cidade ser destruída mas sim já destruída.


E ali em pé ao lado de um corpo, Sakamoto pode ver como o vermelho de todo aquele caos combinou com aquele fim de tarde.


"O sol daquela tarde ilustrou o vermelho de toda aquela destruição". (Ukyo Sakamoto).




FIM DO TERCEIRO CAPÍTULO

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⏰ Última atualização: Dec 23, 2015 ⏰

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