Love You Goodbye || Larry

Capítulo Único

Leia Infinity antes
Aviso: eu chorei escrevendo.
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Louis' POV

     Não adiantava ligar, não adiantava mandar mensagem. Harry não queria me ver, não queria saber de mim.

     Eu não podia culpa-lo. Se fosse ele, também não gostaria de me ver. Imaginei que ele ficaria assim, mas eu não sabia, não lembrava nem de ter saído da festa com a tal Briana.

     Bati na porta dele pela terceira vez. Dessa vez ouvi a chave girando na fechadura e a porta abrindo lentamente. Suspirei aliviado e me preparei lara segurar a porta que ele provavelmente fecharia na minha cara.

     — Harry por fav...

     — Entra, Tomlinson. – falou largando a porta aberta e voltando para dentro.

     Estava tudo uma bagunça, roupas e sapatos jogados pelo chão, pratos, guardanapos e até restos de comida espalhados pelas mesas. Não podia ser o quarto de Harry, ele sempre foi organizado e limpo.

     Sentei-me ao lado do montinho embaixo dos cobertores brancos da cama. Conseguia ver o contorno do seu corpo, os braços encolhidos entre as coxas e o tronco, com as palmas das mãos tapando seu rosto. Ele estava chorando, com certeza estava chorando.

     Harry chorando é uma coisa que ninguém quer ver, dói muito.

     — Posso me explicar? – recebi um soluço como resposta. – Eu juro que não sei o que houve. Bebi tanto que nem lembro de ter saído com ela e depois daquilo, eu não consigo lembrar de nada, foi uma surpresa para mim.

     — Você não tem que se explicar. – falou baixinho. – Não temos mais nada, não tenho o direito de ficar bravo ou triste.

     Uma lágrima escapou e a sequei rapidamente. A voz dele estava trêmula, doía muito ouvir aquilo.

    — Você não tem direito, mas eu sei que fica. – falei com a voz embargada também.

     — Por que está chorando? – ele se descobriu violentamente e sentou no colchão. – Por que está chorando, Louis? – escondeu seu rosto vermelho e úmido entre as mãos. – Me responde! – gritou. – Você quis sair com ela, se divertiu? Você vai ser pai, isso não te deixa feliz?

     — Para. – pedi deixando as lágrimas escorrerem livremente.

     — Por que parar? – gritou ironicamente. – Devia estar feliz com isso, vai ter um filho! Que coisa maravilhosa! – revirou os olhos irritado. – E você a ama, não ama? Ah, não faria uma coisa dessas se não a amasse!

     — Para!

     — É por isso que me deixou? Por que eu não tenho a porra de um útero? Por que eu não posso te dar filhos? – parou por um segundo e me encarou.

     Seu lábio inferior começou a tremer, mas Harry mal se importou em disfarçar a expressão sofrida de quem ia ter uma forte crise de choro.

     — N-não é isso, e-eu... – murmurei em meio ao som escandaloso que saia de mim.

     — Pare de chorar, não entendo porque chora. – disse em um tom estridente.

     Sua expressão cortava meu coração. Cada lágrima derramada era como uma faca congelada entrando em diferentes pontos do meu peito.

     Caminhei até seu lado da cama e me ajoelhei. Me perguntei se ele poderia me bater, mas eu merecia. Segurei suas mãos e enterrei minha cabeça em suas pernas, molhando a calça de pijama.