Capítulo 2

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Saí pelo corredor em direção ao meu armário para pegar os meus cadernos. Infelizmente a campa bateu e eu não estava conseguindo achar o horário de aula para pegar os livro certos. Eu ja deveria ter decorado como todo mundo, mas não gosto muito de estudar.

Depois que vim de Godava, apesar de ter passado apenas quatro dias, para mim se passaram bem mais do que isso quando eu estava lá. Voltei completamente diferente em relação à ideologias. Decidi que vou me esforçar mais. Estou namorando um rapaz inteligente e nem chego aos pés dele quando o assunto é estudos. Não quero mais ser assim. Todos estavam indo para suas salas e eu atrapalhada tentando achar meu horário. Uns cinco minutos depois acho e pego os livros que vou usar. São uns quatro antes do intervalo.

Saio com pressa, desequilibro e caio com os livros.

- Droga! - resmungo.

- Olha quem está no chão. E nem está usando salto alto. - Sérgio fala. - Quer ajuda?

- Não a sua, amorzinho. - Falo dando um sorriso de deboche.

- Você precisa superar que não pode mais me ter...

- Já superei. Você não me faz mais a menor falta. Idiota, prepotente, arrogante. Você sabe quantos queriam estar no seu lugar quando estávamos juntos?

- Perdi a conta. Você não tem muita moral para me chamar de arrogante e prepotente. Você é muito pior do que eu. - Ele diz.

Pego meus livros, me levanto e quando vou dar o primeiro passo para a sala de aula, ele me puxa pelo braço.

- Você sabe que ainda gosto de você, não sabe? - Ele fala no meu ouvido. Meus livros caem de novo.

- Você está me machucando, querido. Poderia me soltar por favor? Estou atrasada até demais agora por sua culpa.

- Eu disse que gosto de você. Sei que você nunca me esqueceu. Você gosta de mim também. Fala que gosta de mim. - Ele começa a apertar mais o meu braço e me encosta em algum dos armários.

- Me solta ou vou gritar e dizer que você está me violentando.

- Você não teria coragem. - Ele fala rindo.

Quando pego um pouco de fôlego para começar a gritaria, Jessy chega.

- Que bonito isso, seu Sérgio. Quer agarrar minha amiga a força? - Ela fala.

- Eu já estava de saída. - Ele fala me soltando. - Se você na chegasse ela ja teria caído no meu charme e estaríamos nos pegando agora. - Ele diz dando um beijo em meu rosto.

- Jura? - Falo com cara de quem não está dando a mínima para ele, acompanhada de um sorriso irônico. Tentei esquivar o rosto, mas ele foi muito rápido.

- E aí, amiga? Tudo bem com você? - Jessy começa a interagir comigo. - Você andou sumida. Todos aqui na escola comentaram. Ninguém reparou que aquele nerd tinha sumido também. Eu só sei porque você falou com ele naquele dia e ele começou a falar coisa com coisa. Estranho...

- Então você não se lembra de nada? - Interrompo-a.

- Não vai começar com sua crise de maluquice agora. Vamos. O professor já está na sala. - Ela me ajuda com os livros e vamos à sala de aula.

Chegando lá, Jessy pede licença e entramos. Quero saber como ela pode não se lembrar. Ela chegou lá junto comigo. Eu me lembro de tudo. Por que ela não? Fico olhando- a.

Amores FurtadosOnde histórias criam vida. Descubra agora