Capítulo Sete

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Acordo um pouco atordoada por conta de tudo o que Kimberlly está passando, olho ao lado e Megan já tinha saído da cama. Me levanto, passo a mão em meus cabelos tentando arruma-los um pouco e vou até ao banheiro escovar os dentes e lavar meu rosto inchado de sono.
Ao terminar, desço até a cozinha onde vejo Megan de costas preparando seu café da manhã, chego perto sem fazer barulho e á abraço por trás dando um beijo em seu pescoço, ela se vira de frente para mim, sorri e me beija enquanto me empurra até o sofá, onde sento e ela senta em cima do meu colo, ainda me beijando :

- Uau! Você não me beijava assim à dias! - diz Megan enquanto dava leves beijos em meu pescoço.

- Eu sei, meu amor. Me desculpe! Ultimamente não está fácil tudo isso. E eu sei que não tenho dado atenção o suficiente para você.

- Liv, eu não quero que pense que sou esse tipo de garota que quer atenção 24 horas exclusivamente para mim.

- Eu sei que não, meu amor. Mas mesmo assim, você me perdoa? - pergunto olhando para ela.

- Claro que sim! - Megan responde seguido de um beijo.

Continuamos nos beijando e trocando uns "amassos" no sofá até que deu a hora de ela subir e se trocar para ir abrir a livraria:

- Amor, hoje eu vou pesquise alguns hospitais que tem suporte para o tratamento de Kimberlly, talvez não dê para ir até a livraria, tudo bem? -pergunto enquanto visto minha calça.

-Tudo bem, meu amor! Hoje é terça-feira e não tem muito movimento.

- Quando fechar, me ligue que eu vou te buscar. Daí saímos para jantar no seu restaurante favorito.

- Hmm, é? Então quando voltarmos, vou te compensar por tudo isso - diz Megan me olhando com uma cara de tarada.

- Ok! - respondo fazendo a mesma cara.

Megan acaba de se vestir, pega a chaves do carro e parte para o seu trabalho, enquanto eu sento no sofá ao lado do telefone com o Netbook no meu colo, procurando hospitais capacitados para o tratamento de Trans. Após várias pesquisas e ligações, eu encontro um hospital em Los Angeles, perto de Hollywood, onde eles tem capacidades muito boas para tratar de homens e mulheres trans. Então após ligar e conversar com a secretaria do hospital, desço até a portaria do meu apartamento e peço para que Paul ligue para um táxi, ao esperar vejo Alice descendo de um carro e vindo em minha direção segurando Flores em sua mão esquerda .

- O que você está fazendo aqui? - pergunto com um tom de quem não gostou muito de ter visto ela.

- Eu trouxe suas flores favoritas! - responde Alice sorrindo.

- Alice, sem querer ser rude mas... eu não quero nada seu.

- Eu tô tentando fazer as pazes, seja um pouco compreensível, Olivia. - diz ela me olhando.

- Eu não tenho nada contra você e acho que deixei bem claro que também não te quero na minha vida.

(Avisto o Táxi chegando )

- Eu só...

- Eu tenho que ir, Alice. -digo indo em direção ao Táxi.

- Espera! - ela segura em meu braço - deixa eu te dar uma coisa.

Ela tira uma carta que estava grudada no meio das flores e as coloca em minha mão:

- Pelo menos leia... Por favor.

Não respondo nada e entro dentro do táxi, dou endereço para o taxista e ele parte para a casa de Kimberlly. Por algum motivo irracional de minha parte, eu olho para trás e vejo Alice olhando para mim. - O que ela quer? - penso comigo mesma.

40 minutos depois

- ...Enfim Kimberlly, é isso mesmo que você quer?

- É sim, Olivia. Finamente vou ser eu mesmo!- responde ela sorrindo e chorando ao mesmo tempo.

- Então, eu vou estar ao seu lado para o que der e vier.

- Eu sei, mas se você não se importa... quero fazer tudo isso sozinha. Vou me mudar para Los Angeles por 2 ou três anos. Até meu tratamento acabar.

- Mas... Bom, eu acho que você sabe o que está fazendo. Pelo menos deixe eu pagar pelo seu tratamento. É o mínimo que posso fazer por você .

- Ok, então sua riquinha metida a besta! - diz Kimberlly enquanto me abraça .

- Eu te amo! - digo a ela.

- Aí, uma Bucker dizendo "te amo" Ergh!! Chega até arrepiar minha alma. Não repita isso nunca mais.

- Era só dizer que você também me ama, mas ok! - rimos .

Ficamos conversando e vendo apartamentos para ela a tarde toda, e finalmente consegui enxergar que não importava quem Kimberlly seria, homem ou mulher. Ela ainda seria a minha melhor amiga.

Only Wolf 2 - Reviver ( Obra sendo reescrita)Onde histórias criam vida. Descubra agora