Capítulo 5 - Aos olhos do predador (l)

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Toc, toc, toc

- Entre! – Droga! Nem no meu próprio escritório eu tenho um pouco de paz?

Gadriel entrou me trazendo alguns relatórios.

- Desculpe incomodá-lo, Sr. Bertole. Só vim informar que o Sr. Herrera ligou, e gostaria de encontra- lo hoje a noite na boate Scorpions, para tratar de um assunto urgente.

- Ele disse o horário? – Perguntei, dando uma olhada nos papeis que Gadriel deixou em minha mesa.

- Ele apenas disse que lhe esperava lá.

- Ok Gadriel. Pode se retirar.

- Sim senhor. Com licença. – Ele fez uma breve reverência e se retirou. Gadriel trabalhava comigo há anos, e eu tinha muito confiança sobre ele. Parei de olhar os papeis, pois algo me deixava intrigado.. O que será que Franco Herrera quer comigo? Eu sou sócio de sua boate, mas contenho apenas 26% das ações. Se algo estivesse errado, ele não me chamaria, mas sim á todos os sócios.

Olho no relógio, e vejo que são 19:30, então saio do meu escritório e vou para o meu quarto, tomo um banho, me visto e vou para a boate. Chego lá as 21:00.

- Olá Sr. Bertole – Me cumprimenta um dos seguranças. – O Sr. Herrera pediu para que assim que chegasse, se dirigisse ao seu escritório.

- Obrigado. – Digo simplesmente, e me dirijo ao escritório de Herrera.

Quando chego lá, Herrera está me esperando na porta.

- Olá, Dominic. – Me cumprimenta, estendendo sua mão e sorrindo.

- Olá, Herrera. – Pego sua mão, e nos cumprimentamos.

- Venha, vamos entrar. – E me da passagem para seu escritório, indicando uma cadeira para que eu me sente. Ele dá a volta na mesa, e senta em sua cadeira, de frente para mim.

- Como vai, meu amigo? Há um tempo que não nos vemos. – Diz ele, se recostando em sua cadeira.

- Vou bem, Herrera. Mas não posso deixar de me perguntar o porquê dessa reunião. – Digo indo direto ao assunto.

- Bom, vejo que gosta de ser bem direto. E isso é ótimo, pois também gosto. – Fez uma pausa e logo continuou. – Eu tenho uma proposta á lhe fazer.

- Bom, estou ouvindo.

- Como sabe, tenho várias empresas distribuídas pelo país, e a Scorpions é uma delas. Porém, fui vítima de um grande desfalque em uma das minhas empresas em Tóquio, e perdi muito dinheiro. Você é um sócio ativo aqui na Scorpions, e sei que sempre quis adquiri- la.Você é presidente de uma construtora renomada, poderia transformar a minha boate em algo ainda mais grandioso. Seria um bom negócio á nós dois, já que preciso de dinheiro, e você sempre quis a Scorpions. Eu te vendo as minhas ações da Scorpions, sendo elas 51%, e assim você passaria a ser o sócio majoritário, obtendo 76% das ações. Você poderia usá-la sempre que quisesse, e eu ganharia um bom dinheiro. Terei de abrir mão de ações de algumas empresas, sendo a Scorpions a principal. Então, venderei a você, e se não aceitar, venderei a outra pessoa. Mas gostaria de que fosse você, pois confio totalmente em sua competência para administrá-la. – Ele para de falar, e me olha, esperando eu absorver toda a informação. – Então, o que me diz?

Fico encarando-o por alguns minutos, ponderando á proposta feita a mim, e por fim, dou minha resposta:

- Acho uma ótima idéia, Herrera.

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