A Estagiária

Capítulo 1

Acordo antes do despertador dar o ar da graça, levanto super animada, hoje será meu primeiro dia como estagiária no escritório Angelos. Conseguir esse estágio não fica nada fácil, esse é um dos estágios mais concorrido, e graças a Deus consegui, só o salário vai dar pra ajudar minha mãe.

Levanto e vou direto para o banheiro tomar um banho quente, já estamos no inverno, e aqui em Nova York faz muito frio. Tomo um banho rápido e já visto minha roupa, vou com um vestido verde esmeralda colado ao corpo que vai até o meu joelho, ele tem manga que vai até o pulso, mais com um decote, e um scarpin beje, faço uma maquiagem bem simples, mas capricho no batom, uso um vinho bem escuro, fica lindo com a minha pele bem branquinha, meu cabelo deixo solto e faço umas ondas nele com o secador, quando me olho no espelho fico orgulhosa do meu trabalho, antes de sair vou até o banheiro e me olho no espelho e digo o meu mantra.

- Eu posso, eu quero, eu consigo.

E saio, antes de sair visto meu casaco, calso as luvas e passo um cachecol no pescoço. Quando desço acabo encontrando o Frank, a última pessoa que gostaria de encontrar hoje.

- Oi Allie - Ele diz com aquele sorriso malicioso - Estava pensando que poderíamos sair novamente, adorei nossa última noite - enquanto ele fala consigo um táxi e posso ver o olhar malicioso dele sobre mim.

- Olá Frank bom dia para você também - digo a ele com sarcasmos - e a próxima vez que vamos sair, bem deixe-me ver... pode ser no dia trinta e um de fevereiro? Vai a merda e me deixa em paz - e entro no táxi, ele continua na causada quando o táxi da a partida. Eu acabei saindo com ele quando perdi uma aposta para Janne, e tive que dormir com ele, foi a pior transa da minha vida.

Depois que já estou acomodada no banco passo o endereço pro taxista e ele vai, o trânsito de Nova York é um caos, só Deus pra consigo resolver isso. Depois de meia hora e quase chegando atrasada. Entro no prédio e peço meu crachá a recepcionista ela me da um sorriso super simpático e me entrega. Pego o elevador e aperto a cobertura, depois que chego vou até uma mulher que fica na entregá, ela é morena com os cabelos cacheados bem preto como os meus, tem a pele um pouco escura, olhos castanhos e um sorriso simpático.

- Olá sou Allison Wolff, a nossa estagiária.

- Olá Srta. Wolff estava a sua espera. Eu sou Heloisa Clark, vou lhe ajudar nos próximos dias - ela estende a mão e nós nos cumprimentamos - Bem... aqui é bem tranquilo, você só vai ter que estar sempre com o Sr. Di Angelo, em jantares de negócios, viagens, tudo, se ele for na esquina você irá com ele. Entendeu? - faço que sim com a cabeça - mais isso é para você pegar o jeito, para ser uma excelente advogada, assim você vai saber como é as coisas, e como funciona.

Enquanto ela vai me explicando vamos até uma sala bem grande toda em branco, piso de porcelanato, uma mesa no centro de madeira bem escura, quase negra, com duas estantes cheias de livros, e atrás as janelas vaí do chão até o teto, toda de vidro, e uma vista de tirar o fôlego.

- Está será sua sala, você pode decora-lá como quise - murmura - aquela porta ali bem canto - ela aponta para uma porta que fica no canto da sala - vai dar direto para sala do Sr. Di Angelo, ele acha que fica melhor a comunicação com os estagiários dele, no caso você. Tem alguma pergunta?

- Tenho várias mas... é verdade que eu sou a primeira mulher a conseguir esse estágio?

- Sim, e verdade, os homens sempre dominaram esse estágio - ela me entregá uma pasta com vários papéis - aqui são alguns documentos que você tem que ler, e fazer um relatório de no mínimo dois ou três folhas, que à tarde o Sr. Di Angelo irá ler - o telefone dela toca e atende - Sim?.... claro senhor ela já está aqui.... sim vou avisar a ela. Mas alguma coisa?.... claro, até logo - ela desliga e sai da minha sala, volta momentos depois com outra pasta - aqui são os documentos da companhia Columbia, o Sr. Di Angelo quer saber sua opinião, ele vai chegar depois das três da tarde. Sugiro que você comece logo - ela se vira e sai, mas antes ela olha pra trás e diz - se precisar de alguma coisa é só me chamar. Boa sorte!

Fico em pé durante um bom tempo sem saber digerir direito tudo que ela me falou, mas tenho que ser rápida e fazer logo esses relatórios. Começo pelos mais simples, faço os relatórios bem rápido, já o da companhia Columbos é que complica um pouco, começo a ler ele com bastante atenção, a companhia está praticamente falida, eles vão ter que reduzir os gastos, e também demitir pessoas para isso, estou tão concentrada que nem vejo que já são meio dia. Fecho as pastas pego meu casaco e minha bolsa e vou para saída. A Heloisa ainda está na recepção.

- Allison vamos almoçar juntas?

- Claro já estava indo - respondo

- Legal, se você quiser ir indo, tenho que fazer um telefonema antes de sair - murmura - tem um restaurante italiano ótimo no final da rua. Vai e pega uma mesa pra nós, e pede meu prato? Pede uma macarronada com almôndegas tamanho família - começo a rir dela, ela é bem engraçada.

- Claro vou pedir - digo a ela - faz logo esse telefonema se não você não sai para almoçar.

E com isso pego o elevador, no caminho até o térreo uns homens entram e olham descaradamente para meu decote, lanço um olhar matador a eles que desviam na hora. Saio do prédio e sinto frio, esqueci de pegar meu cachecol e luvas. Vou andando olhando para algumas vitrines quando um homem esbarra em mim e me derruba no chão.

- Palhaço não olha por onde anda não? - digo já levantando e vendo que meu salto quebrou - droga era um Valentino!!!

- Desculpe-me não tinha lhe visto - quando ele fala olho para ele é meu queixo caiu, literalmente, ele é alto cabelos castanhos quase escuro, barba por fazer, e olhos verdes - posso comprar outra para você - e me olha de cima a baixo, e pelo incrível que pareça não me sinto incômoda com o olhar dele. Mas aí me lembro que devia estar com raiva dele.

- Vai se fuder filho da puta!

Saiu mancando até uma loja de sapatos, uma atendente com cara de esnobe veio me atender.

- Posso ajudar?

- Claro preciso de um scarpin beje por favor - ela da um sorriso forçado e vai pegar o sapato. Volta momentos depois com duas caixas, em uma caixa tem um scarpin nude bem clarinho com verniz, já no outro tem um salto igual ao meu. Experimento primeiro o segundo que ela me mostrou, e depois o outro. O nude ficou bem melhor e digo a ela - moça vou ficar com esse, e já vou calçada com nele. Quanto ele custa?

- Setecentos e cinquenta dólares - meu queixo cai (novamente) quando escuto o preço de um simples salto alto.

- Vou levar, aqui o meu cartão - abro a bolsa e tiro da minha carteira o cartão que entrego a atendente,