18° Capítulo

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William arrependido por deixar seus pais, decidiu procurá-los.
— Estou indo! — William se despediu de Wilton.
— Boa sorte, espero que dê tudo certo.
— E se não der?
— Você só vai estar pagando pelo seus atos.
— Poderia falar que você está sendo grosso. Mas só está dizendo a verdade.
William pegou um ônibus e foi para cidade de seus pais.
Era uma cidade pequena, mas ele não se lembrava como era a casa onde ele viveu quando criança.
Ele estava muito triste, arrependido pelo que havia feito.
Caminhou muito pela cidade, e via crianças e jovens com seus pais.
Eu poderia ter dado valor nos meus pais, principalmente quando eu era jovem e precisava de apoio. Agora pode ser tarde de mais, talvez eu não os encontre — William pensou.
Andou mais um pouco, mas não fazia ideia de onde era a casa. Ele havia passado por muitas situações difíceis, sua mente já estava fraca.
Passou em frente uma praça, e sentou-se em um banco.
— É triste saber, que passei anos em um banco como este, em noites frias e chuvosas — William disse baixo.
— Por que diz isso? — Uma garota perguntou.
— Eu sou um mendigo, não está vendo.
— Sim! E seus pais?
— Se estivessem aqui, eu não estaria nessa situação — disse fingindo não ter culpa por estar sem seus pais.
— Onde eles estão?
— Eu não sei, me deixa em paz — William gritou.
— Deve ser difícil estar nessa situação.
— Isso é óbvio.
— Eu nunca conheci meu tio, a minha mãe disse que ele sumiu. Ele deve estar na mesma situação que você, ou ele morreu.
— Eu não quero saber do seu tio, saia daqui.
A menina saiu de perto dele e foi até sua mãe chorando.
— O que aconteceu filha?
— O homem me tratou mal.
— Por que?
— Eu perguntei sobre seus pais e ele ficou nervoso.
— Talvez está preocupado. Não fique triste meu amor, a vida dele não é fácil — A mãe disse beijando a filha.
No banco, William via a criança com a mãe, e ficava cada vez pior por não ter seus pais ao seu lado. Ele queria muito encontrá-los para pedir desculpas e estava nervoso por não conseguir.
Mal ele sabia, que aquela garota era sua sobrinha. Se ele tivesse a tratado bem, talvez descobriria algo sobre seus pais.

***

Jack, depois de tantos altos e baixos, foi em um parque para se distrair. Queria esquecer seus problemas e adquirir inspiração. Depois de um tempo no local, Jack finalmente percebeu que estava sem celular. Ele sabia que na casa de seu pai não estava, então foi até a casa de Mary.
Chamou-a várias vezes e ela não saia. Depois de um tempo, Ana apareceu no portão.
— Tio Jack, que bom te ver! — Ana se alegrou.
— Fico feliz em te ver também. Sua mãe está?
— Sim, mas ela disse que não quer receber ninguém.
— O que aconteceu?
— Ela não me disse.
— Eu posso falar com ela? Talvez ela queira me ver.
— Não quer, ela disse ninguém — Ana abaixou a cabeça.
Jack ficou triste e não entendia o que estava acontecendo. Pediu seu celular a Ana e foi para casa.
Quando chegou Helena o insultou.
— Por que está triste? Você não é forte?
Ela não via a hora de Jack chegar, para começar a brigar.
— Não era pra estar trabalhando? — Jack perguntou.
— Sou quase dona da empresa, não tem necessidade.
— Qual sua intenção? Casar-se com meu pai e ficar com tudo?
— Não, você nem imagina os meus planos.
— Por que está fazendo isso?
— Eu quero ser rica.
— Não é certo conseguir algo enganando.
— Vai me dar lições?
— Estou dizendo minha opinião. Você pode acabar mal.
Helena se estressou e saiu de perto de Jack.
Ele agradeceu em voz baixa e foi novamente para seu quarto.
Sua vida estava resumida em escrever, a dias Jack fazia isso quase todo momento. As ideias eram muitas, não era possível não escrever.
Ele não desistia de ser escritor, pois confiava que alcançaria seu sonho.
Quando chegou o momento da janta, Jack foi até a mesa e se sentou ao lado de seu pai.
— Estava com tanta saudade — Juan disse a Jack.
— Eu também pai, também sinto falta das inúmeras jantas com a mãe.
Helena fechou a cara e cortou o assunto.
— Esta comida está muito boa — Ela disse.
— Está mesmo, não se compara a nenhuma — Juan respondeu.
Helena estava pensando em um jeito para provocar Jack, ela amava fazer isso. Achava legal deixar as pessoas mal. Ela só pensava em si mesma.
— Jack você esta invertendo os o garfo e a faca, você deveria saber o modo correto de ultilizar.
Jack não deu ouvidos e saiu da mesa.
— Não precisava trata-lo assim, ele sempre foi simples — Juan resmungou.
— Não é porque é simples que não deve ter bons modos — Helena retrucou.
— Sempre fomos pobres, houve dias que não tinha nada para comer. Eu também não sabia utilizar o garfo e a faca.
— Deveria ter se preocupado com isso e ensinado seu filho.
— Eu só se preocupava com o que eu comeria, não da maneira que iria comer. Você fala isso porque não sabe o que é passar necessidade.
— Tudo bem amor, não vamos discutir. Eu reparei que a casa está muito suja. Por que você não contrata uma empregada?  — trocou de assunto.
— Você poderia limpar ou ir atrás de uma, pois eu não tenho tempo para isso. Você fica em casa o dia todo.
— Está insinuando que sou vagabunda?
Juan bufou e saiu de perto de Helena.
Ela estava louca para acabar com Jack e Juan rapidamente. Estava tudo mais fácil para ela antes que Jack aparecesse.
O filho de Juan não sabe o que lhe espera amanhã — Helena pensou.
No quarto, de madrugada escorriam lágrimas pelo rosto de Jack. Ele nunca tinha se sentido tão mal como aquele dia. Helena estava deixando ele louco e a falta de Mary fazia muita diferença em sua vida. Por incrível que parecia, Jack havia se apaixonado novamente.
Como não pode ver Mary, pegou seu celular para ver as fotos que havia tirado na casa dela. Ele queria entender porque as coisas em sua vida estavam tão difíceis.
Após vários minutos vendo as fotos, entrou nas chamadas intencionalmente e ficou assustado.
— De quem é esse número? — Jack perguntou.

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