CAPÍTULO 36

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Acordei com um raio solar cobrindo os meus olhos. Dormi a noite inteira, estava muito mais disposta. Mas algo pesava em meu peito.

Ainda vestia a roupa dada por Deanna. Carl - que dividia a beliche comigo - dormia profundo, fiquei com pena de acordá-lo. Na outra cama de solteiro, papai estava acordado. Calçava suas botas. A camiseta de policial lhe dava um tom nostalgico.

_ Bom dia, pai. _ vou até ele dando um beijo em sua testa.

_ Não precisava levantar agora.

_ Tenho que ir em uma honda hoje, lembra?

Ele meneia a cabeça.

_ Glenn, Noah, Tara e Eugene _ sorrio _ até Eugene papai, irá.

_ Eu os vi em pé.

Alguém bate na porta, era Glenn.

_ Rose, ainda não se vestiu?

_ Ah, me dá um segundinho? Já desço.

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_ Eu não serei muito útil. _ Eugene dizia, não conseguia esconder seu medo de sair detrás dos muros da comunidade.

_ Sabemos _ diz Tara _, mas você vai.

Noah ergue uma arma a Eugene, que pega com receio.

_ Não vamos demorar mais aqui _ Aiden puxa ar para os pulmões _ temos trabalho a fazer.

Aiden parecia ser um homem mais revigorado após a briga de ontem. Mais sensato. Me pediu desculpas assim que me viu.

Nos despedimos dos Monroe, entramos em uma van surrada que Aiden dirigia, colocou uma música eletronica. Era muito incomoda mas decidi relevar.

Uma moça loira, de cabelos curtos abria o portão, Noah deu um sorrisinho quando a viu.

_ Então _ Tara começou a falar. O som alto destruia todo o encanto da brincadeira infantil que faria com Noah.

Noah levantou a mão gesticulando, "não consigo ouvir" e ela se calou.
Eu e Glenn trocamos risinhos. Eugene parecia ainda mais assustado.

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O carro parou, fui a primeira a sair e vi uma fábrica antiga de equipamentos de segurança. Nenhum sinal de errantes, ou pessoas vivas.

_ Vamos verificar o local. Saber de todas as saídas. _ diz Glenn.

_ Pra? _ Diz Nicholas, me dei conta que ele vinha conosco o tempo todo somente agora. Felizmente.

_ Caso aconteça alguma coisa. Termos mais de uma saída, e o mais importante, ver quantos errantes podem atrapalhar nosso caminho.

Digo, finalizando com uma risadinha desdenhosa. Nicholas me fuzila mentalmente. Dá para perceber pelo seu cenho franzido.

_ Rose, você vem comigo e Noah? _ Glenn pergunta me erguendo uma mochila.

_ Claro. _ a pego.

Ele meneia.

_ Tara e Eugene. E, Nicholas e Aiden. Estão com os walkies-talkies?

Todos assentiram.

_ Ótimo. Lembre-se: assim que acharem as saídas avisem. _ Glenn termina de falar e saimos.

Andamos alguns metros e vimos um estacionamento cheio de errantes. O cheiro rançoso - se alguém colocar para assar merda e carne podre este seria o cheiro - já entregava que haviam muitos nos arredores. Uma cerca os impediam de sair.

_ Certeza, não iremos sair pela frente. _ Coloco um pano velho no nariz. Tentando inultimente filtrar ar aos meus pulmões.

Voltamos para a van, Tara e Eugene já estavam lá.

_ Por que será esse medo todo de Eugene? _ Glenn questiona em um balbucio.

Percebo que a resposta está fora de meu alcance, pois até eu questiono a mesma coisa.
Dou de ombros.

_ Atrás está limpo. _ diz Tara.

_ A frente está empestada. Qualquer coisa, saíremos por trás. _ Glenn talteia os bolsos procurando o walkie-talkie.

Um chiado surge.

_ A saída de trás está livre. _ diz a voz estática de Aiden.

_ Sabemos. Voltem, temos que entrar.

Glenn o coloca novamente no bolso. Alguns minutos depois, os dois voltam.

Abrimos a porta lateral e demos direto para o deposito. O lugar cheirava a mortos e mofo. Completamente escuro, no canto tinha uma clarabóia feita pelo tempo sem reparos. Acendo uma lanterna.

_ Estão ouvindo? _ sussurro.

_ Parecem estarem trancados, do contrário já teriam vindo até nós. _ Noah sussurra de volta.

Cada um acende uma lanterna, se separando a procurado do aparelho. Glenn me acompanha até uma prateleira caída no chão, nós dois abrimos caixas e mais caixas, nada do aparelho.

_ Achamos. _ a voz de Tara saí fraca mas audível suficiente.

Vamos até onde eles estão. Os esperamos encherem uma bolsa com dez daqueles pequenos aparelhos.
Na saída, alguns errantes aparecem.

_Eu o acerto. _ diz Aiden.

_ Tudo bem _ Glenn respira aliviado _, espera ele chegar mais perto.

Aiden meneia. Mesmo assim, o imbecil começou a atirar sem parar. Me lembro de gritar, Glenn avistou uma granada.

_ Para! Para! Tem uma granada! Aiden!

A explosão foi rápida e violenta.

Estava deitada, no chão. Tentei me levantar mas uma escuridão tomou conta da minha vista, passei a mão por minha cabeça e havia sangue. Muito sangue.
O chão parecia confortável. As vozes distantes, Glenn m

The Walking Dead: Algo para temer [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora