V
Após elas contemplarem a beleza da cidade, pela sacada da janela
que ficava na sala de estar do apê da Marry, elas finalmente
decidiram que era hora de ir.
– Aqui é lindo! Disse Débora.
– Concordo! Respirou fundo Amanda, enquanto respondia
que também estava maravilhada.
- Nem tanto assim. Pensou consigo Marry que já havia virado
monotonia olhar sempre pro mesmo lugar. Apesar da vista ser
surpreendente, ela já estava enjoada.
A Amanda está de carro, é ela que será a motorista hoje. Enquanto
o elevador está subindo elas, dão várias risadas e falam
bobagens sobre as coisas que pretendem aprontar nessa noite. A
Débora como sempre a mais maliciosa, mas as coisas que fala é
apenas para fazer suas amigas rirem um pouco.
"Tlim"... Foi o som que fez quando o elevador chegou. Após
chegar ao térreo elas foram caminhando até o outro lado da rua,
pois foi o único lugar onde a Amanda conseguiu estacionar.
- Vamos comer algo antes? Foi a Marry quem sugeriu.
- Eu topo. Respondeu a Débora.
- Então já é. Concluiu a Amanda.
Dentro do carro ao som do Jota Quest ouvindo uma música
antiga chamada "Fácil", elas pareciam umas retardadas. No
bom sentido da descrição, isso parece ser normal entre amigos
que são mais chegados que irmãos. Com os amigos você vive as
maiores loucuras da juventude, faz coisas que nunca imaginaria
fazer e diz coisas fora do seu senso comum. Você grita, fica
em silêncio, chora, sorrir, faz caretas esquisitas, solta umas bufas
e faz olhares cativantes e bobos. Você não tem vergonha de
sentir vergonha. Eles lhe fazem se sentir livre e especial. São os
verdadeiros amigos que seguram a sua mão quando você mais
precisa. Eles estão sempre lá, dispostos em te fazer sorrir ou ficam
irados com quem te faz chorar. Essas garotas são amigas de
verdade. Estão sempre, apoiando umas as outras não importa
qual seja a situação.
Chegando no Mc'Donalds, elas fizeram pedido pelo drive-thru.
Um mclanche feliz com coca-cola e uma porção de batatas
fritas, foi o pedido da Marry. Após a Débora decidir não comer
nada e a Amanda beliscar os petiscos da Marry, elas prosseguiram
depois de pagar a conta.
Enquanto saboreava seu minúsculo pão de carne e queijo
que, após três mordidas já estava pela metade, a Marry tomava
alguns goles de coca-cola e dividia batatas fritas com a Amanda.
A Amanda dirige bem, ela fez 18 há pouco tempo; trabalha
numa loja como vendedora no shopping da cidade. É uma ótima
funcionária. Seu gerente, até, combinou de melhorar o seu salário
quando ela quase saiu devido a um problema familiar.
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O Manual da vida - O fim da solidão
RomanceO Manual Da Vida - O fim da solidão SINOPSE: Todos temos um reino dentro de nós. Um reino que tem a necessidade de ser alimentado com aplausos e gritos de clamor. Ainda que seja por medo ou respeito queremos ser considerados especiais. Após postar u...