Capítulo 1:
O fim é apenas o começo.
Ainda na mesma lanchonete, já se passaram mais de uma hora e aqui estamos nós três sem saber o que fazer. Pela aparência de Isabelle e Black vejo como essa aventura esgotou todas as suas energias. Eles estão com as roupas rasgadas e sujas demais para essa hora da manhã, não sei como está meu estado e nem quero saber quando passamos por espelhos ou janelas dos veículos que estão parados na frente da lanchonete que de pra ver meu reflexo, eu apenas desvio o olhar tenho medo de está pior do que imagino sei que estou com um corte grave na orelha direita que Isabelle tratou de arrumar um curativo com um pedaço da minha própria camisa. Quando estávamos chegando nesta pequena lanchonete que parece mais uma parada de caminhoneiro no meio do nada, esquecida em uma parte de Chicago e com poucos clientes, fomos o centro das atenções com nossas roupas e ferimentos.
Essa lanchonete está me dando dor de cabeça e enjoou, o cheiro de fritura está forte demais estou me segurando para não vomitar. Pelo que eu vejo a chapa do cozinheiro não é limpa há muito tempo a gordura e óleo são retirados com a espátula. A decoração da lanchonete parece ser tirada dos anos 80 com o papel de parede com listras rosa e brancas, gastas e alguém tentou colar alguns pedaços soltos no lugar de origem, mas, sem sucesso.
Como eu pude ser tão tolo ao ponto de deixar que nossas vidas acabassem assim sem rumo. Eu sabia qual seria meu destino desde o começo, mas acabei estragando tudo no final. Isabelle e Black não tinham nada haver com minha lutar, acabei envolvendo eles nela, Isabelle continua linda mesmo depois de tudo pelo que passamos com seus cabelos vermelho claro preso em uma trança que deixar alguns fios cair pelo seu ombro e rosto delicado. Ela está aqui na minha frente com aquele olhar que vai até o fundo da minha alma e que pode descobri os meus segredos mais profundos. Tento desviar os olhos como fiz com meus reflexos, mas ela continua a fita-los cada vez mais procurando alguma resposta para essas ultimas semanas. Não tenho essa resposta ou pelo menos não queria ter, enfim a garçonete chega e acaba com o ar constrangedor.
- O que vocês vão pedir? - disse ela sem tira seus olhos azuis do seu bloco de notas.
- Queremos o café da manhã da casa, o melhor para meus amigos por favor Sarah. - respondeu Black com o tom de galanteador quer sempre usar para seduzir as meninas.
- Como você sabe meu nome? - perguntou Sarah agora fitando os olhos negros de Black.
- Está escrito no seu crachá princesa! - falou Black
- Okay, já volto com seu pedido - disse Sarah não ligando para a cantada baixa que Black tentou dar nela, depois saiu a caminho da próxima mesa e depois a cozinha.