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Quem juntará os pedaços

Que sobraram da minha existência,

Depois do primeiro choro real

Fruto dos estilhaços do meu coração?


Quem juntará cada pedacinho,

Que se parte, se esfarela, cada vez mais,

A cada tombo nosso de cada dia?


Talvez eu mesma,

Sem deixar que ninguém mais toque

Neste remendado músculo cardíaco.


Os batimentos doem,

Relembram cada amor não correspondido.

O corpo dói,

Relembra cada encontro não concretizado.

A cabeça dói,

Por cada vez que foi irracionalmente estúpida.


Quem juntará os pedaços,

Cada vez menores da minha existência?


Poemas para o amor que já se foiOnde histórias criam vida. Descubra agora