Quem juntará os pedaços
Que sobraram da minha existência,
Depois do primeiro choro real
Fruto dos estilhaços do meu coração?
Quem juntará cada pedacinho,
Que se parte, se esfarela, cada vez mais,
A cada tombo nosso de cada dia?
Talvez eu mesma,
Sem deixar que ninguém mais toque
Neste remendado músculo cardíaco.
Os batimentos doem,
Relembram cada amor não correspondido.
O corpo dói,
Relembra cada encontro não concretizado.
A cabeça dói,
Por cada vez que foi irracionalmente estúpida.
Quem juntará os pedaços,
Cada vez menores da minha existência?
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Poemas para o amor que já se foi
PoetryAlgumas histórias são contadas em prosa, outras em músicas... E esta, bem, esta se transformou em poesia. Por meio dos versos, o eu-lírico se despede daqueles que um dia já foram considerados "um grade amor". Cada poema narra, portanto, a desilusão...