Liah

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- Pode dar-me os seus dados por favor?
- Liah Santos,26 anos, nascida aos 10/08/1989, 1,70cm,negra,olhos verdes,Arquitecta...
- heeee...não era preciso toda essa informação para reservar um quarto...mas obrigada,Aqui tem o seu Visa.
Reservar um quarto?Pois...Liah estava tão absorta em seus pensamentos que se esqueceu que estava num hotel...
Agradeceu ao recepcionista ligeiramente ruborizada e derigiu-se para os elevadores. O quarto que reservou ficava no sétimo andar e com uma vista maravilhosa para a cidade. A cidade que ela não conhecia,escolhida por ele para a suposta lua de mel.
"Nem sequer nos casamos" -pensou ela.
Decidiu tomar um banho e permitiu-se pela primeira vez desde que fugiu de Peter a pensar nos recentes acontecimentos.
"Deixei-o especado no quarto...o que estará a pensar de mim? "

Liah preparava-se para sair do escritório quando recebeu a mensagem de Peter,seu namorado há 5 meses para que se juntasse a ele no Porto.
Não gostou muito da ideia mas como dizia não a tantos pedidos de Peter resolveu aceitar. Foi até ao seu apartamento e preparou a mala para o final de semana. O bilhete de avião encontrava-se na sua caixa de correio e não tinha muito tempo pois o check in já ia começar.
O voo foi tranquilo e curto.
Assim que saiu encontrou o rosto ansioso de Peter entre a multidão.
-Meu amor,que saudades.- disse ele,e deu-lhe um abraço apertado.
-Estiveste comigo há dois dias Peter . Não há motivo para tantas saudades.
-Dois dias longe de ti parecem uma eternidade. - para Liah, Peter era dado a exageros,exagerava em tudo, era demasiado excêntrico. Por vezes perguntava-se porque que aceitou namorar com ele.
O caminho até a casa dele foi calmo e silencioso por parte de Liah,ela achava que Peter falava o suficiente pelos dois.
A casa de Peter no Porto era parecida com a que ele tinha em Lisboa, uma moradia grande de 3 andares,com um quintal enorme todo verde,piscina na parte de trás do casarão com direito a churrasqueira e tudo. Mais uma vez,exagero. Não havia necessidade. Peter era órfão, tinha apenas uma tia que vivia com ele em Lisboa, ainda não tinha filhos, e era extremamente rico.
Conheceram-se no escritório de Liah, apresentados pela melhor amiga desta,a Melissa. Na altura Peter precisava de umas plantas para um terreno que tinha comprado e Melissa indicou Liah. Peter apaixonou-se pelos olhos verdes da negra e começou uma perseguição sem fim até que Liah aceitou namorar com ele.
-O banho foi bom? -perguntou Peter ao encontrar Liah na sala. Ela ainda tinha os cabelos molhados e cheirava a Herbal essences,o shampoo preferido dela. Abraçou-a por trás e começou a beijar-lhe o pescoço, sentiu-a quente e doce e completamente irresistível. Tinha vontade de a possuir ali mesmo no sofá da sala, virou -a e beijo-a com sofreguidão e desejo acumulado. Liah deixou as mãos dele descerem até ao seu rabo bem torneado e firme, passou a mão pelos cabelos dele e puxou delicadamente, o que fez aumentar o desejo de Peter. A mão dele subiu até ao seio e começou a brincar com o mamilo enquanto lhe beijava o pescoço deixando escapar um gemido ansioso.
-O jantar vai esfriar e eu não pretendo comer nada frio. - disse Liah friamente e afastando-se do aperto dele.
-Tens uma capacidade enorme de ser desmancha prazeres...hoje não me escapas. -disse ele com um sorriso maroto.
-Eu apenas quero jantar Peter só isso.
-Liah,vens fugindo de mim há imenso tempo.Porque fazes isso comigo?Já namoramos há 5 meses.
Liah olhou para ele e ruborizou.
- Ainda não estou preparada Peter,só isso.
-E quando vais estar...- era uma pergunta retórica e cheia de amargura na voz . Liah não ousou responder,limitou-se a tomar a sopa em silêncio.
Liah só voltou a olhar para Peter durante a sobremesa. Olhou bem para ele, era lindo,alto,olhos azuis,pele bronzeada,musculado, e riquíssimo,um genro ideal para qualquer mãe e o homem de sonhos para qualquer mulher menos para ela. Não o amava nem estava mimamente apaixonada, mantinha aquela relação por comodismo e já não sabia como fugir as investidas dele. Ainda não tinham tido relações sexuais apesar dele insistir,ela sempre dizia que não estava pronta. Disse isso a todos os namorados que teve até então, várias das suas relações terminaram devido a ausência de sexo, outras devido ao desinteresse que ela demonstrava.
Terminaram o jantar e Peter deixou-a na sala a ver televisão enquanto foi ao escritório responder a alguns emails de trabalho.
Liah sentiu-se a adormecer e subiu para o quarto.
Peter entrou no momento em que ela estava a acabar de vestir. Ficou na penumbra da porta contemplando-a. A sua pele achocolatada brilhava sob a luz fraca dos candeeiros, tinha pernas grossas e bem torneadas,ancas largas,a cintura fina como de uma vespa, rabo avantajado e firme,os peitos firmes e redondos chamavam a atenção no decote da camisa de dormir, corpo de viola, toda ela erradiava uma beleza exótica e apetecível. Peter não aguentava mais, tinha de a possuir, morria de vontade de apertar aquela cintura, levanta-la e aconchega-la nos seus quadris, deitar com ela naquela cama enorme, percorrer o seu pescoço com beijos,lamber os mamilos até ela gemer de loucura, brincar com o clítoris e enfiar os dedos na vagina,senti-la molhada. Enquanto pensava Peter sentiu o seu pénis a reagir, abriu o botão e a breguilha das calças para lhe dar mais espaço, ja estava erecto,cheio de tesao e pronto para a acção. Aproximou-se de Liah louco de desejo.
O beijo apanhou-a desprevenida, era desesperado, urgente e pedinchava por mais. Ela tentou diminuir o ritmo mas Peter agarrou-a com força na cintura, atirou - lhe para a cama e despiu as calças. Liah viu o seu pénis erecto dentro dos boxers e ficou sem reacção. Peter partiu para cima dela com beijos no pescoço e as mãos mexendo em todo o seu corpo,ansiosas,procurando dar-lhe prazer. Quando estavam quase a arrancar - lhe as cuecas, Liah rebolou para longe dele, a respiração ofegante.
-QUAL É O PROBLEMA? - Berrou ele incrédulo.
Liah assustou-se com aquele tom de voz, não sabia o que responder. Não podia contar-lhe a verdade,nunca tinha contado a ninguém, nem a sua melhor amiga.
- És virgem?- dessa vez a voz dele soou mais calma e meiga.
- Não..
- Então qual é o problema linda?
- Eu...eu...eu não estou preparada.
- Liah já namoramos a imenso tempo, já me conheces, não somos criancas. O que mais falta?
- Eu...eu nnnaao sei Peter... - Liah gaguejava nervosa tentando achar uma saída para aquela situação. Não queria ferir os sentimentos de Peter mas a verdade é que aquele relacionamento era insustentável, não podia continuar a mentir a si mesma nem a ele. Não o amava, não sentia desejo por ele e não queria fazer sexo com ele.
- Não me amas? - a pergunta tirou-a dos seus devaneios e levantou a cara para o encarar, o que encontrou era o que ela menos queria, o olhar de Peter estava sem brilho e triste, parecia que ia chorar.
- Peter, eu não sei. Desculpa mas não podemos continuar com isto, desculpa mas a nossa relação termina aqui. - enquanto falava vestiu-se e agarrou a mala.
- Onde vais a essa hora Liah? Desculpa, para, vamos conversar - Peter correu atrás dela sem se importar por estar apenas de boxer. Alcançou-a perto da porta.
- Por favor, não vás. Desculpa.
- Peter eu é que peço desculpa, não me sigas,deixa-me ir...Desculpa.
Livrou-se da mão que lhe segurava e partiu a correr para a rua, sem saber para onde ir. Correu que nem louca até a estrada e parou um táxi.
- Para o hotel mais próximo por favor. - ouviu um grito e olhou para trás, viu Peter semi nu ajoelhado na estrada com as mãos a cobrir o rosto.
- Desculpa...- disse baixinho e também ela sucumbiu as lágrimas.

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