Prólogo - A Primeira Vez

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[N/A: Antes de prosseguir com a leitura, eu gostaria de esclarecer que embora algumas cenas venham a causar repulsa, eu as escrevi com a maior relação com a realidade que pude, e um estuprador não usaria linguagem culta durante ou após o ato. Minha intenção não é jamais incentivar a romantização do estupro e sim alertar que ele pode vir de quem se menos espera. Mas eu prometo que no final tudo se transformará em algo muito bonito]

Giovanna.

Essa devia ser a vigésima vez que encarava meu reflexo no espelho só nos últimos quinze minutos.

O sutiã vermelho de bojo deixava meus seios aparentemente maiores e mais "juntos", já que eles não se davam bem e ficava cada um no seu canto, com um vão considerável entre eles. Haha.

A calcinha, também vermelha, não era enorme, mas estava longe de ser um fio dental. Esse tipo de peça só fica boa em quem tem o corpo de uma Angel da Victoria's Secret e eu estou bem longe disso.

Meus cabelos castanhos estavam soltos e consideravelmente arrumados.

É, acho que o Marcos não vai ter uma decepção tão grande assim quando chegarmos na fase "sem roupas".

Não está entendendo nada? Bom, meu nome é Giovanna, eu tenho dezesseis anos, namoro com o Marcos desde o ano passado e estou pretendendo perder a virgindade em breve. Pra ser mais exata, hoje. Daqui algumas horas.

Socorro.

Eu estou nervosa, definitivamente.

- Giovanna? - ouvi batidas na porta - Tá tudo bem? - Era Roberto, meu padrasto.

Meus pais se separaram quando eu ainda tinha dez anos, lembro que eles brigavam muito e a situação toda era insuportável. Meu pai não tardou a arranjar outra mulher, um mês depois do divórcio já andava por aí com uma tal de Mariah, que hoje é sua esposa. Ela deve estar na casa dos trinta anos enquanto ele já está com quarenta e dois anos.

Minha mãe tem trinta e sete, enquanto Roberto, seu namorado, (marido, na verdade, porque eles já juntaram os "trapinhos" e ele mora com a gente) tem onze anos a menos. No começo o relacionamento deles gerou um alvoroço enorme na vizinhança, devido a diferença de idade, mas depois as pessoas se acostumaram.

Minha mãe é absolutamente louca por esse homem.

E, para ser sincera, ele era um homem consideravelmente bonito, com olhos castanhos, barba por fazer e cabelos pretos baixos. Eu gostava de tê-lo por perto. Era como uma espécie de pai e melhor amigo. Sempre me defendendo, sempre me tratando bem.

- Estou me trocando! - gritei em resposta. - Você está precisando de alguma coisa?

- Sua mãe pediu para eu pegar o creme de pêssego dela para as pernas que esqueceu no seu quarto, será que eu poderia entrar para procurar?

- Er... Deixa que eu procuro!

- Não quero te atrapalhar, soube que vai dormir no Marcos hoje. - como ele sabia? - Eu entro aí, pego e saio, vai ser rapidinho. Não vou incomodá-la.

- Tudo bem... Espera só um pouquinho. - peguei uma toalha e me enrolei nela, não ia abrir a porta para o Roberto só de calcinha e sutiã, embora eu confie muito nele e sei que não faria nada comigo. Ele me trata quase melhor que o meu pai, para ser sincera. Mas não, prefiro guardar essa visão somente para o meu Marcos.

Fui até a porta e a destranquei, dando espaço para que Roberto entrasse, e ele assim fez. Deu uma olhada no quarto e depois parou seu olhar sobre mim. Comecei a sentir uma sensação estranha quanto mais ele se aproximava.

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⏰ Última atualização: Jan 09, 2016 ⏰

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