Dia 0 - A Queda ( Prólogo )

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Sexta-Feira ( 22:37 )

Maxy atravessou a Pista de Dança furioso, " atropelando " os bêbados que insistiam em entrar na sua frente e atrapalhar ainda mais seu objetivo. Embora não ligasse muito para as coisas que seu irmão fazia, sair de noite na neve para ir em uma festa atrás de uma garota idiota era muita palhaçada com sua cara. Ainda mais por ter sido deixado sozinho em casa com apenas um miojo, e Maxy odiava miojo. Ao avistar Ray o menor pensou que sua raiva fosse diminuir e no final ele acabaria levando o irmão tranquilamente para casa. Isso definitivamente não aconteceu.

- Heeeey Maxy ! - Ray o chamou de forma arrastada, com um sorriso idiota no rosto.

O Menor se aproximou de seu irmão e sentiu seu estomago revirar ao ver Lucy ( A Garota idiota que se achava namorada de Ray ). Ela estava com dois copos cheios de um líquido vermelho e gelo, caminhando na direção dos irmãos com um sorriso extremamente forçado em seus lábios vermelhos.

- Oie Maxy ! - Lucy se aproximou, entregando um dos drinks para Ray. - Não quer ficar um pouco ? Tem muitas garotas bonitas, você não se interessou por nenhuma ?

O loiro pode jurar que viu um brilho no olhar da garota, um brilho tão maligno que arrepiou sua espinha. Olhou para Ray em busca de ajuda mas o irmão estava muito ocupado dançando e bebendo, completamente suado e com a camisa colando no peitoral. Maxy se aproximou da garota o suficiente para conseguir se inclinar e sussurrar em seu ouvido:

- Se lembre que Ray está bêbado e não vai conseguir lhe defender se eu for para cima, Certo ?

Antes de Lucy responder algo o garoto agarrou o braço de seu irmão e foi puxando-o para fora daquele lugar fedorento e quente. Ray tentava se soltar, mas depois de beber tanto já não tinha mais forças para fazê-lo. O Mais velho sabia que Maxy não queria machucá-lo ou tirar sua diversão, mas estava ficando cansado da implicância do garoto com Lucy. Ela só queria uma chance de conquistá-lo e não era justo que Maxy a tratasse assim.

- Maxy, Pare !

O Garoto ignorou o chamado do irmão e continuou caminhando sem parar até sair daquela casa, quando finalmente soltou o braço do irmão que já começava a ficar vermelho. Virou para observar o maior e cruzou as mãos na frente do peito, fitando-o com um olhar furioso que implorava por uma explicação.

- Sério ? Você ainda fica com raiva porque eu te tirei de lá ? - Maxy perguntou, sua voz tinha um tom ofendido.

- Desculpe, Irmãozinho. - Ray se aproximou do menor, abraçando-o e beijando sua testa. - Só... eu mereço me divertir com minha namorada, não ?

Raymond - Ray - era o irmão mais velho e teve que conviver com as manias chatas e birras de Maxy, mas em toda sua vida nunca viu seu irmão fazer algo como aquilo. Maxy se afastou de Ray, empurrando seu peitoral com força e se virou, caminhando na direção de sua casa. O Maior ficou atônito, olhando para seu irmão se afastar com raiva até que finalmente tomou coragem e correu até o irmão.

- Sério isso, Maxinne ?! Por todos esses anos eu fiz suas vontades, eu deixei de fazer as coisas que eu gosto para fazer por você, e agora não posso namorar por causa de sua implicância com a Lucy ?

Maxy não falou nada, apenas continuou andando até sentir a mão de Ray segurar sua jaqueta, puxando-o para trás com mais força do que deveria, derrubando o menor no chão. Embora não gostasse de brigar com o menor, Ray sentiu um " prazer interno " ao ver que Maxy sabia que estava errado e não queria discutir por isso, mas essa sensação logo passou quando percebeu que realmente tinha machucado o pequeno.

Ele deu sua mão para o menor se levantar, e assim que Maxy aceitou ele o puxou para um abraço apertado.

- Hey, desculpa tá ? - Ray murmurou, beijando a bochecha do pequeno, que chorava em seu peito. - Foi sem querer.

Maxy separou-se de repente, empurrando Ray mas segurando sua mão, ele estava extremamente assustado. E era compreensível. Quando os carros militares começaram a cercar ambos e ilumina-los com seus faróis azulados, os irmãos não entenderam bem, até perceber que não eram os únicos. Aviões, Tanques, Carros, Motos e todo tipo de veículo militar parecia estar invadindo a cidade, e pela cor da bandeira pintada neles, não era nenhum País conhecido.

Um comandante se aproximou dos jovens, sorrindo, até receber uma chamada em seu rádio. Ele o retirou e aproximou do ouvido, sem tirar os olhos dos garotos, e a mensagem foi transmitida alto o suficiente para todo mundo ouvir.

- Manhattan caiu, Capitão. Avalon está no controle !

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