Yasmim acordou com o toque do celular incomodando o seu precioso sono. Pegou o celular ainda com os olhos fechados e atendeu a tão inconveniente ligação.
– Quem é? – A voz sonolenta parecia estranha.
– Não viu no identificador de chamada. – Mesmo com sono ela reconhecia aquela voz.
– O que foi Alex? Eu tava dormindo.
– À essa hora? – Ele perguntou incrédulo. – Pra gente como nós já é tarde.
– São... – Ela finalmente abriu os olhos e olhou as horas. – ... 6:50.
– Já está tarde. Preciso de você!
– Talvez eu não devesse ter ficado no laboratório até tarde ontem, estou bêbada de sono. Do que precisa?
– Pra você ver umas coisas. Rua Pernilongo com a 24, perto de um mercado, você vai ver uma multidão.
– Beleza já estou indo.
Ela desligou o celular e saiu da cama em direção ao banheiro.
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Era possível ver a multidão de longe, ela já estava acostumada com isso, mas algo parecia diferente, as pessoas estavam meio agitadas.
Elas abriram caminho fácil quando ela tentou passar, pareciam com medo. Caminhou em direção à fita de isolamento e lá viu Alex em pé, e Haward agachado perto de um corpo.
– Alex? – Ela chamou passando pela fita.
– Olá dorminhoca. – Ele brincou.
– O que houve aqui? – Ela quis saber – Oi Haward.
– Oi Yasmim. – Ele disse levantando. – Coisas muito estranha aconteceram aqui. Inicialmente o caso era o desaparecimento de quatro pessoas, mas este homem apareceu correndo e me disse algo sobre o livro ser perigoso, também disse algo sobre um garoto e coincidência ou não ele era um dos desaparecidos e logo depois morreu com um dardo envenenado.
– Um dardo? Viu de onde veio?
– Daquele prédio – Ele apontou para a direção que o dardo tinha vindo. – Mas não tinha ninguém, nem nada suspeito.
– Que estranho, com com certeza queriam calar a boca dele. Esse livro que ele falou, você sabe alguma coisa?
– Bom tem um livro dentro do ônibus. – Alex disse.
– Beleza, vou recolher o dardo para analisar e vocês levem o corpo para um médico legista.
Depois de colocar as luvar e tirar um saquinho de dentro da mochila, retirou com cuidado o dardo da lateral do pescoço do homem e foi em direção ao ônibus.
– Ei – Haward disse. – Toma cuidado com aquele livro, aquele homem podia estar doido, mas pode ser que realmente seja perigoso.
– Terei cuidado "papai" – Ela brincou e depois murmurou baixo – Como se eu não soubesse fazer meu trabalho.
Yasmim caminhou pelo corredor analisando cada possível evidencia, até chegar onde estavam as verdadeiras provas. Cada uma tomou seu lugar em um saquinho isolante, e o livro, bom parece que teve uma atenção especial.
Caminhou em direção ao banco do motorista e viu o celular em cima do painel.
– Haward já vou indo pro laboratório, se tiver mais alguma coisa me avisa.
– Beleza, pode deixar, talvez mais tarde eu apareço por lá. Vou dar uma olhada no prédio, e ver o percurso que o ônibus fez.
– Tá, tchauzinho pros dois.
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– Ai, ai, vamos lá. – Yasmim havia chegado no laboratório. – Aurora preciso de ajuda.
– Do que precisa? – Aurora à assistente disse saindo de trás da pilha de livros.
– De tudo. Vamos dar duro.
Yasmim e Aurora analisaram todas as provas, deixando o livro por ultimo por conta de um certo receio.
19:30 da noite e Yasmim havia trabalhado muito em todos os objetos, mas não havia encontrado nada de relevância, e como já estava tarde, olhou o livro apenas por cima, folheando-o. Não viu nada de perigoso, mas achou estranho o fato de o livro estar totalmente em branco. Considerando a estranheza da situação, não viu nada de mais.
– Aurora guarda esse livro com cuidado pra mim, amanha eu dou uma olhada melhor.
– Tudo bem, tchau.
Ela saiu do prédio com uma sensação estranha, não tinha caminhado nem cinco metros quando parou de frente para um beco. Um morador de rua que estava ali perto estranhou a atitude da moça, mas não disse nada. A mochila que ela carregava nas costas foi colocada no chão enquanto um cachorro que estava ali perto começou a latir de forma estranha e para o nada, não tinha nada que pudesse o estar agitando. O homem à observou dizer algumas palavras muito estranhas e no segundo seguinte ela virou em direção ao pequeno beco e começou a correr desesperadamente.
– Senhora? Está tudo bem? – O homem levantou de onde estava sentado e gritou pra ela, mas já havia sumido.
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O mistério do livro verde
Mystery / ThrillerQuatro pessoas, um ônibus comum, um dia estranho e um misterioso livro verde! Em um dia comum dentro de um ônibus coisas estranhas aconteceram, abrindo um novo caso para o Agente Haward Albin. A forma como as coisas aconteceram deixando um grande m...