cap 28

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BENNET.

Carrie estava toda de preto quando chegou. Seu cabelo estava solto e mais escuro por estar de noite.

Claro que a provoquei por conta do horário. Eu sabia que ela chegaria atrasada, então marquei para as 10i30. Filha da mãe chegou bem em cima da hora.

Mostrei todo o jatinho e me diverti ao ver que ela parecia uma criança em um parque de diversões. Mas a melhor hora, foi quando disse que dormiriamos no mesmo quarto. Na verdade ainda estou processando sua reação.

Ponho sua mala em cima da cama.

- Tire o que você vai usar hoje, porque vou colocar a mala no bagageiro. - digo para ver se ela reage.

Ela se levanta da cama e me olha ainda perdida.

- Pode guardar. - ela fala seria. - Eu já tenho roupa. E antes de você ir, saiba que eu vou dormir com Natalie.

Filha da mãe ainda me espanta com sua firmeza.

- Não vou descutir. - pego a mala para guardar.

- Isso mesmo. Não tem o que discutir. - ela fala enquanto saio do quarto.

Guardo as malas no bagageiro e em seguida pego alguns papeis para trabalhar.

Perto das 11 estávamos no ar. Em algum momento da noite estavamos todos na mesa discutindo sobre a campanha e os contratos. Depois de muita conversa, análise e resoluções Will começou a reclamar, mas a verdade é que ele queria transar.

- Acho que por hoje já está bom. - Will fala juntando os papeis.

Natalie está ao seu lado rindo. Sei que não vêem a hora de se jogarem na cama e se afundarem um no outro. A imagem me enjoa.

- Também acho, já são quase duas da manhã. - Carrie concorda ao meu lado.

Natalie é a primeira a sai da mesa e vai direto para o quarto. Acompanho o olhar de Carrie para ela ter certeza de que o que eu disse, se cumprirá.

Will se levanta, abre o blazer e pega seus papeis.

- Bom, boa noite aos dois e se comportem. - ele provoca - Precisamos dos dois vivos para fechar negocio amanhã.

Ele sai sorrindo e por fim sobra eu e Carrie.

Nada de pânico. Ela não demonstraria. Nisso somos bem parecidos, camuflamos o que sentimos para não se expor ao ridículo. As duas aeromoças ainda estavam acordadas a espera de um chamado.

Levantei a mão no corredor e a loira alta apareceu.

- Sim, Sr. Carter ?

Olhei claro para ela. Belos olhos azuis, mas são falsos, a lente do olho esquerdo está mal posicionada, me fez querer rir, mas me segurei. Quem sou eu para julgar?

- Eu quero uma dose de Bourbon e para srta. Marshall... - estendo a mão para lhe dar a palavra.

Carrie me fusila e depois se volta para a loira.

- O mesmo. - ela responde.

A aeromoça sai.

- Tem certeza de que vai querer beber álcool agora? - pergunto.

Ela sorri.

- Vai controlar minha taxa de álcool agora? - resposta fria e calculista.

Nossos copos chegam e despenso as duas para irem dormir. Depois de beber e apenas olhar Carrie foi para o quarto. Aguardei, queria dar espaço a ela.

Acredito que fiquei até as 3 analisando mais papeis que pra mim na aquela hora pareciam não prestar para nada. Depois fiquei pensando no que essa viagem daria no final das contas. Compra de pedras preciosas, mas como Will me disse, nunca é só uma viagem de negócios.

Me levanto da poltrona e vou andando até o quarto. Realmente espero que Carrie esteja dormindo porque eu não quero ter que ficar discutindo ou manda-la para a sala. Claro que eu nunca faria isso. Mas o pensamento me diverte.

Tiro o blazer, abro os botões da minha camisa. Toco a porta, mas ainda não abri.

- Vamos logo com isso Bennet. - falo baixo o suficiente para mim.

Abro a porta com o minimo esforço, jogo minha camisa e o blazer na mesa em frente a cama. A cama está fazia e arrumada, mas a roupa de Carrie está sobre o travesseiro.

Merda.

Por segundos imaginei ela nua. Sem nada. Toda molhada.

- Para. - falei um pouco alto.

A porta do banheiro se abriu e ela apareceu. Filha da mãe só podia estar de brincadeira. Eu não ia aguentar. Ela está com uma camisola preta que porra... Não está me deixando pensar direito. O tecido fino toda grudado no corpo, a pele amostra. Tudo.

- Você só pode estar brincando. - falei.

Ela molhou os lábios, saiu do banheiro e vestiu um robe preto. Acompamhei seus movimentos sem me mover.

- Era pra eu estar dormindo com Natalie. - ela justifica.

Meu pensamentos estão um pouco confusos. Ela fecha o robe com as mãos e segura para que não abra.

- Você ia transar com ela? - pergunto um pouco curioso.

- O que? Claro que não. Eu só... Só... Eu vou tomar alguma coisa.

Ela sai do quarto bem rápido.

- Um banho, Bennet. Um banho para acalmar os nervos. - suspiro.

Tiro minha roupa e relaxo no meu banho.
Vai ser a longa noite.

Diamante irresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora