Capítulo 2

17 2 2
                                    


Assim que minha mae chegou a escola eu estava,sentada em uma cadeira com uma toalha no nariz e ela se assustou:

-O que ouve? Ela brigou com alguem?

- Não,ela estava ate quieta demais.Ai seu nariz começou a sangrar achei melhor chama-la.

-Deve ser esse calor,e ela enciste em usar esse casaco,tira um pouco querida.

Ali eu vi minha vida desmoronar por completo, eu teria que tirar o casaco explicar as manchas, e o pior era ''como iria explicar algo sem explicação visível?!'' mesmo assim,tirei o casaco a professora se espantou,minha mãe ficou pior ainda.

- O que e isso filha? alguém te bateu?

- Não mamãe,eu estava no quintal brincando.A bola veio em mim e eu acordei cheia dessas manchinhas.

-Meu deus! Pode ser contato com veneno,ou algo assim.Vamos ao hospital agora.

Nós saímos da escola,ela ligou para o meu pai que chegou la rápido então entramos na sala,e vimos a doutora Bell ela me passou uma serie de exames parecia apreensiva,eu fiz todos.Assim que nós entramos,ela nos mandou sentar,ter bastante calma,pois a noticia n era das melhores.

-Senhor e senhora Jons sinto informar,mas Katrin sofre de leucemia.

Minha mãe começou a chorar,meu pai entrou em choque,e eu não sabia o que era aquilo,o que estava acontecendo o que era ''leucemia'' e porque aquele desespero era tao grave assim, ate que eu comecei a chorar porque minha mãe estava chorando.Ate que eu parei a olhei no fundo dos olhos e disse:

-Mamãe,o que significa leucemia? É alguma virose grave? Não prescisa chorar mamae eu tomo vacina sem dar chilique...

Naquele momento ate meu pai começou a chorar,os olhos da doutora se encheram de lagrimas mas ela respondeu.

-Querida....não vai ser fácil,não e uma virose.E câncer. Mas tenha fé,você vai melhorar.

Dai para frente era enxame atras de enxame,alem da quimioterapia, e dos vômitos constantes.Eu sinceramente não me importei se quer um minuto com os vômitos, na verdade fiquei mas triste por não beber coca-cola eu não intendia ainda porque aquele pavor,não sabia as consequências muito menos o que o câncer me causaria. Ate que aos poucos eu fui perdendo as forcas das pernas,e logo me vi em uma cadeira de rodas.

Eu ainda achava normal, na minha sala tinha uma menina de cadeira de rodas, eu me achava igual a ela,eu ainda era inocente e então não andar pra mim era normal.

Mas foi em uma sexta-feira dia 15,estava chuvoso e eu no hospital,me recordo desse dia como um dos piores dias da minha vida.Veio a enfermeira e disse que eu teria que raspar a cabeça, eu tinha grande apreço pelo meu cabelo ele era preto liso com cachos nas pontas.Eu amava meu cabelo,lavava 3 vezes por semana,ele pegava na minha cintura,e logo em menos de 5 minutos ele estava no chão, sendo varrido e levado a lixeira eu chorei muito esse dia ,uma peruca não ia substituir meu cabelo,uma toca ou um boné não iam mudar nada, a realidade era ''eu não tenho cabelo '' simples assim.

Depois disso eu não era uma menina normal.

Eu não andava,e não tinha cabelo, todos começaram a me olhar diferente,me tratar com mas atenção eu não intendia aquilo.Eu só queria ser tratada normal,brincadeiras risadas,eu apenas queria beber meu suco na cantina da escola sem alguém ir buscar pra mim,ou abrir,eu ainda tinha amo!Então porque não me deixavam ir pegar?!

Era segunda feira normal, minha mãe me deixou no corredor da escola e eu fui ate Hanna e Trevor como sempre ate que vi eles falando de mim para Juliana a menina ruiva da sala,eu peguei a cadeira e parei fiquei do lado de fora e ali eu ouvi algo que não havia ouvido antes ,algo que me fez entrar em depressão profunda eles disseram exatamente:

- A gente tem que trata-la com carinho.Porque ela vai morrer.Minha mãe disse que,quem tem leucemia só vive se tiver sorte,e nos sabemos que isso e o que ela não tem...

-Vai ser ruim sem ela aqui,vou sentir saudade,não vou no velório nao quero ver ela em um caixão coberta de rosas brancas e um terço na mão .Acho que não vou.

Eles falavam aquilo,como se eu estivesse morrido,mas eu estava ali do outro lado da porta chorando porque eu não queria morrer! Eu fui ate a coordenação pedi para que ligassem para o meu pai,porque eu não queria mas estudar,meu pai me levou pra casa eu olhei no fundo dos olhos dele e disse:

-Paizinho...por favor,por favor não me deixa morrer?O senhor e pai não e ? Então conversa com o papai do céu,fala pra ele não me deixar morrer,paizinho por favor,não me deixa morrer.Eu nunca te pedi nada...Não me deixa morrer!


Chuva De Sangue .Onde histórias criam vida. Descubra agora