Capítulo único.

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Essa obra é um presente para minha bebê amada sttewlarry que está fazendo aniversário de 19 aninhos hoje! Parabénsssss, babe!

Espero que vocês gostem da história tanto quanto eu gostei de escrevê-la!

Boa leitura!





--X--





Poderia, talvez, ser uma vergonha a forma como Harry, um estudante de fotografia com seus 22 anos, se sentia completamente inútil quando se tratava de escolher suas próprias tatuagens. Mas apenas talvez, porque a verdade é que ele não se importa.

Ele não se importa com isso, e foda-se a semântica, o sentido, ou qualquer coisa, porque Louis – seu tatuador – é bonito, e é realmente foda naquilo, e também tem aquele pequeno detalhe de que Harry quer vê-lo muito mais do que ele poderia se tivesse que escolher suas próprias tatuagens – porque ele é bom com fotos, mas não criativo o suficiente pra isso, e é meio óbvio já que, se ele fosse, não teria tantas tatuagens ridículas que havia escolhido sozinho – e também porque ele não tem coragem de chamar Louis pra sair.

Ele não sabe se Louis é gay, se gosta dele, e cara... Ele definitivamente não tem coragem de chamar Louis pra sair.

E esse deve ser o ponto mais relevante. Provavelmente.

Então o que sobra é assumir o papel de entusiasta das tatuagens – o que ele realmente é – e de quem confia cegamente em Louis – o que ele de fato faz – para que eventualmente – ou talvez bem frequentemente, mas quem se importa? – apareça em seu estúdio dizendo que Louis pode colorir o que quiser em sua pele.

E ele também nunca se arrependeu disso, porque toda vez que ele saía de lá ele se sentia ainda mais apaixonado por suas tatuagens – e talvez por Louis – e depois ele tirava muitas fotos, colocava em seu instagram com alguma legenda que nem ele entendia, e então dormia contente, acariciando sua nova aquisição e pensando em um certo par de olhos azuis até pegar no sono.

E foi porque ele queria muito uma tatuagem nova – e também queria muito ver Louis – que ele aproveitou o fato de que havia conseguido vender alguns trabalhos para uma galeria, e "coincidentemente" evitou umas cervejas nos últimos finais de semana, e quem sabe talvez também tenha caminhado para o trabalho (e para faculdade) ao invés de colocar gasolina no carro, mas definitivamente o esforço – e aquele banho de chuva que ele teve que tomar na quinta feira enquanto voltava a pé pra casa – havia valido a pena quando ele entrou no estúdio de Louis com o dinheiro que havia economizado e o encontrou com aqueles mesmos olhos azuis que ele pensava demais.

Porque Louis era lindo.

Puta merda, por Deus, ele era lindo demais.

Harry engasgou um pouco antes de dizer um "bom dia", e teve que inspirar fundo umas três vezes, e então trancar a respiração porque o perfume de Louis havia invadido suas narinas, e ele estava se esforçando muito – muito mesmo – pra não parecer uma garotinha do colegial em frente ao jogador de futebol americano popular daqueles filmes merda, mas seja como for, Louis era lindo demais.

E o cabelo dele naquele dia estava arrumado em um topete, e aquela porra daquela jaqueta jeans com mangas dobradas mostrando uma ou outra tatuagem, e aquela calça skinny preta – Deus, porque tinha que ser skinny? – estavam fazendo para Harry com que fosse quase impossível estar no mesmo ambiente que Louis sem desmaiar.

E talvez ele seja mesmo aquela garotinha do colegial, mas ele também não podia se culpar, porque o sorriso que Louis dava pra ele era gigante, e Harry meio que tinha ciúmes de todo mundo que ficava perto de Louis por muito tempo, porque ele não queria que mais ninguém visse aquele sorriso.

You wear your heart over my skin | [L.S. One Shot]Onde histórias criam vida. Descubra agora