Rapazes há muitos mas um amor verdadeiro só há um. Sofrer por um rapaz é tão mau. Ninguém merece sofrer nem que seja a pior pessoa do mundo, tem que haver respeito. Se não se ama porque namora? Para magoar? Isso é feio e algo imperdoável.
Pelo menos comigo não se passou bem assim. Gostava-mos um do outro, bastante, namora-mos. Tinha 15 anos e ele 16 anos. Eu amava-o mesmo mas não sei se ele sentia o mesmo por mim como eu por ele, isso não sei.
Foi um ano com ele, de sofrimento e pouca felecidade.
Passou um mês com ele, feliz da vida, prometeu-me muita coisa, apenas acreditei. Passou os seguintes meses e sempre o mesmo. Nada acontecia. O meu amor por ele cresceu bastante agora o dele por mim foi ao contrário. Ínicio do sofrimento. Foram tempos atrás de tempos. Ciúmes atrás de ciúmes. Foram muitos "amo-te's" atrás de muitos "eu também".
Passou meses. Estava-mos juntos como não estava-mos. Havia sempre um alguém no meio da nossa relação. Amiguinhas. Ele passava a vida atrás de raparigas com uma namorada. Faz-se? Se não se ama não namora. Mas para ele, quer dizer, para mim, eu era só mais uma. O tempo passou. Amava-o cada vez mais. Chegou a um ano, apanhei-o aos beijos com outra. Como reagi? Mal. Terminei logo. Não o queria ver mais na minha vida.
Não deu. Era-mos vizinhos, via-mos muitas vezes. Sofri por ele. Pensei que seria o fim da minha vida, e foi. Fugi de casa para nunca o mais o ver. Por causa de um namoro de merda perdi muitas amizades, vícios e o mais importante auto-estima.
Ao vê-lo com outra, fez-me pensar que não era boa o sufeciente para ele e para mais ninguém. Julguei que ninguém me queria. Achei-me gorda e feia. Durante o tempo que acabei com ele amagreci bastante, queria ser perfeita. Foram lágrimas atrás de lágrimas e auto-estima a ZERO.
Os meus pais preocupados, procuraram-me.
Fui parar no meio do nada de tanto andar, um bosque talvez. Trazia uma mochila um caderno e uma ceneta, escrevi uma carta dirigida aos meus pais. Tornei a colocar o caderno na mochila mais a caneta e tirei o que continha a mais na mochila. Uma corda. Fiz um nó na corda, prendi-a a uma árvore, pequei num tronco abandonado e coloquei aos meus pés, subi, pus-me ao nível da corda, coloquei a corda ao pescoço, dei um chuto ao tronco.
Foi o fim da minha vida.
Amores imperfeitos e sofrimento por alguém que não nos merece faz disto.
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Amor de Adolescência.
Short StoryAmor de uma adolescente sem carinho, estraga sempre uma auto-estima.