Elle deu uma última olhada no espelho antes de sair . Fazia muito tempo que ela vinha se preparando para este dia , ela não podia mais adia -lo .
Ele aparecia cada vez menos em seu café , estava mais distante do que o normal , Deus sabia que ela não iria querer isso.
Elle pegou o casaco e saiu batendo a porta , estava um dia agradável , apesar das nuvens esconderem o sol .
Ela gostava dos dias quentes , mas não eram bons para o seu negocio , já que ninguém bebe café no calor .
Elle pegou um taxi e cruzou a Boulevard Haussmann , com suas grandes lojas de departamentos e seguiu ate chegar ao bairro 7 .
O taxi estacionou em frente a um prédio não muito grande , um pequeno prédio residencial. A luz do terceiro andar não estava acesa , mas ela sabia que ele estava em casa.
"Elle ?"
Falou surpreso.
- Eu vim vê-lo .
Elle sorriu para ele que retribuiu lhe dando passagem para entrar.
-Você quer alguma coisa ?
Eu posso fazer café .
Ela riu, depois de tanto tempo com o Coffeland já estava cansada de tomar café.
- Eu aceito um chá .
Tom a olhou confuso e se dirigiu para a cozinha.
Depois de alguns minutos ele voltou com uma bandeja. Ofereceu uma das xícaras a ela e pegou a outra.
- Eu fiquei preocupada com você Tom.Faz tempo que não aparece para me ver.
"Eu estou bem ."
Mumurrou , levando a xicara aos labios .
Tom era muito branco , tinha grandes olhos azuis pálidos , o cabelo estava bagunçado , , talvez tivesse acordado a pouco tempo .Usava uma calça de moletom com uma regata cinza.
Seu rosto tinha uma expressão perturbada , sua mente estava longe .
- Eu quero lhe contar algo Tom .
Ele ergueu sobrancelhas .
- E é sobre Débora .
Os olhos dele agora se misturam numa surpresa e talvez medo, era difícil saber .
Ele asentiu com a cabeça para que continuasse .
-Um dia Deby apareceu no Coffeland , ela estava machucada .
Elle parou sondando a reação dele .
Ela podia vê -lo segurando a xícara com força , ele não a olhava , seu olhar estava fixo no chão.
-Eu nunca vi uma pessoa daquele geito sabe ?Ela estava sangrado muito e ... bom me pediu ajuda.Eu não sabia o que fazer ela pediu para que não chamasse a ambulância ou a polícia , nem você .
Os olhos de Tom ardiam, ele estava segurando uma lágrima , as mãos apertadas ao redor da xícara.
-Ela me contou que se envolveu com drogas Tom ... eu sempre desconfiei mas eu não queria me meter entende ?
"Silêncio "
-Ela disse que um cara bateu nela ... um traficante e acausou ela de dedurar ele ou algo do tipo . Débora estava com muito medo , não parava de chorar e me pediu para cuidar dela .
Elle limpou a garganta , contaria a ele o segredo de Deby , o que ela lhe implorou para não contar , mas ela tinha que contar, ele merecia saber a verdade .
-Ela estava gravida Tom , ela implorou para que não contasse .... mas você merece saber ...
Tom tinha deixado a xícara caír se espatifando no chão .
Dos olhos dele rolaram lágrimas.
"Oh meu Deus "
Ele pronunciou em meio aos soluços.
-Ela passou três semanas na minha casa se recuperando.
-Por que escondeu isso de mim Elle ?
Elle olhou para Tom , parecia tão vulnerável , como uma criança .
Tom andava de um lado para o outro passando as mãos pelos cabelos .
- Se ela me amava tanto porque fez isso comigo?! Escondeu tantas cosisas de mim! Que tipo de maor é esse ?!
Ele berrava pela sala ,sua voz era cortada pelos soluços.
-Ela tinha perdido a criança ... Não queria que você soubesse o que a levou a perder o bebê !
-Ela me deixou no escuro por todo esse tempo Elle ! Debora escondia muitas coisas de mim e não era so isso.
Mas que droga Débora !
Tom chutou a cadeira com força , fazendo a voar pela sala.
-Esculte , se acalme Tom , ela era uma boa pessoa ... Todos nós erramos , é humano.
Mas aquela garota , Deus sabe que ela amava você .
Elle puxou Tom para si , abraçando-o.
Tom deixou que o choro corresse.
O abraço de Elle era confortador , Tom desejou que sua mãe estivesse ali com ele.
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Perdoi -me.
De TodoEle ouviu alguém gritar , tarde demais, o caminhão passou ao seu lado , no impulso Tom foi jogado para trás , o veiculo continuou seu percurso , arrastando varias pessoa , até para em um poste , era como assistir a um filme . A carcaça do caminhão...