Uma Nova Era

Capítulo 2- Revendo o mundo

Se passaram dois anos desde que tudo aconteceu, hoje completo 16 anos, nao que haja alguém para lembrar, procuro não sair muito de casa, mas ultimamente isso tem ficado difícil, com a comida no fim. Não posso continuar aqui, os ataques dos extrailers, resolvo chama-los assim depois de muito tempo tentando entender o que eles são, estão cada vez mais frequentes.

Desde que matei o meu primeiro "extrailer", amadureci muito, e não choro mais, nem a perda da minha amiga e nem a dos meus pais e meu irmão, já me acostumei com tudo isso. Não busquei saber dos meus outros parentes e amigos. Não posso me permitir pensar que talvez eles estejam bem, talvez nem os reconhecessem. Não tive mais noticias do mundo, até 1 ano atrás ficava com o radio ligado, as vezes escutava alguma coisa, mas nada de importante, hoje não ligo mais pra isso.

Em uma mochila, coloquei o resto de água, comida e armas e na outra roupas e algumas coisas de família, um mapa, dinheiro que achei guardado e as chaves da caminhonete, tomara que ligue.

Fui a garagem e tinha um buraco enorme no portão, burra, como não pensei em ver a garagem de vez em quando? Eles estavam dentro de casa e eu nem sabia. Aparentemente não tem nada aqui. Entrei na caminhonete e demorou umas três vezes pra pegar, quando dei ré,um extrailer apareceu na frente da caminhonete, no susto acelerei e o atropelei. Eles tem ficado criativos, no quesito assustar.

Fui em direção da estrada, a dois anos falaram que estavam criando bases militares, pois bem, vamos atrás delas.

Depois que as torres de transmissão foram derrubadas, a energia elétrica durou apenas mais três meses e depois disso fiquei sem celular pra ouvir minhas musicas. E sinto falta disso agora.

Peguei o mapa e resolvi começar pelas bases militares ja existentes, e a mais perto é nos estados unidos.

Peguei a estrada, vi alguns extrailers, mas eles nem me notaram, melhor assim. Mas já estava noite e estava morrendo de sono. Tem muitos prédios abandonados aqui. E tenho certeza que eles tem camas e cobertores. Parei na frente de um e peguei minhas coisas e subi. Acho que esse era um prédio de luxo, porque ele é muito grande. Dormi bem rápido e de manha acordei com um barulho vindo de fora. Peguei minha arma e fui até a porta devagar, tinha um cara do lado de fora com uma mochila.

- Quem é voce?- apontei a arma pra ele

- uau, acho que não sou só eu que pensei em me hospedar num hotel-disse com um sorriso sarcástico no rosto - se voce puder abaixar a arma por um instante- destravei o gatilho e olhei bem fundo pra ele, mesmo estando muito surpresa por encontrar um humano, não quero ser pega desprevenida- okay, voce ganhou-ele levantou as mãos- Sou J, prazer-estendeu a mao

- Quem esta ai, Jace?

- Só uma garota

- Como assim "uma garota"?

- Desce aqui

Com a arma ainda apontada, vi uma menina ruiva descer, junto com mais um garoto.

- meu deus, nunca pensei que veria mais humanos

- Quem são vocês? –estou muito confusa, até cinco minutos atrás só tinha eu, e agora tem quatro de nós. Não sabia pra quem apontar a arma

- sou Lis, esse é Pedro e Jace, o Jace gosta de apelidos, somos sobreviventes assim como você, abaixe a arma, não vamos machucar você

Abaixei a arma, e fiquei olhando pra eles, O que será que restou? E porque não estão em alguma base militar, como conseguiram sobreviver ?

- Mas a pergunta agora é, quem é você?- Disse a ruiva

- Ariana, sou de Chicago, estou procurando bases militares

- Bases militares?- ela começou a gargalhar- Garota, você é louca? Porque quer as bases militares e onde estava morando?

- Nos últimos dois anos estive morando na minha casa, mas não dava pra continuar lá, da ultima vez que tive noticias do mundo disseram que estavam ajustando as bases militares para os ataques

- uau, ela não sabe de nada- disse Jace

- podemos levar ela com a gente- disse Pedro e Jace concordou

- Nem pensar, já é difícil pra gente imagina com ela- lis disse

- Não precisam se preocupar comigo, só quero saber onde ficam as bases

- NÃO EXISTEM BASES MILITARES- os três gritaram

- Tudo esta destruído

- Vamos levar ela com agente, Lis, não tem nada demais

- okay, mas isso é um erro

- pra onde vão?

- Brasil, interceptamos alguns sinais e acreditamos que existem humanos lá- disse Pedro

Não sabia em que acreditar, tudo estava muito confuso. Não espero ficar muito tempo com eles. Mas acho que é a melhor opção no momento. Entrei na van deles e fiquei quieta num canto enquanto Lis e Jace discutiam e o Pedro estava mexendo no computador.

Passamos 3 meses juntos, tivemos que lutar muito, estávamos em Chicago e temos que quase atravessar o Brasil, pra conseguir ver se achamos alguma coisa.

Acabei dormindo, mas acordei com uma parada brusca da van. Agora quem esta dirigindo é o Jace, uma coisa que aprendi é que o Jace no volante é bem mais perigoso que os extrailers

- MERDA JACE, podia ir mais devagar com isso- Lis disse ao seu lado, bem irritada.

- Desculpa

- você está bem? Você tem tido o sono pesado ultimamente, paramos duas vezes e nem acordou- Pedro me perguntou

- Deve ser porque não era ele no volante- disse sonolenta

- hahaha, bem engraçado  você que deveria dirigir na próxima - disse jace

- okay chega os dois, estamos na fronteira com o México, precisamos passar e provavelmente tem criaturas aqui

Pegamos nossas coisas e com armas nas mãos descemos da van, seguimos a fronteira, ficamos procurando uma passagem. Nesse tempo descobri de Lis é extremamente controladora e estressada, Jace tem um sério problema com seu ego elevado e é bem arrogante mas é bem engraçado e o Pedro é mais na dele, não fala muito e geralmente só concorda com que o Jace fala.

Jace e Lis gritaram alguma coisa e saíram correndo do carro e eu e Pedro nos olhamos e corremos atrás deles, vimos uma passagem em um murro. Jace decidiu ir na frente para ver se estava tudo livre. Ficamos esperando uma meia hora, até que Lis fica bem irritada.

- ele já deveria ter voltado

- fica calma Lis, ele sempre demora

- Mas já faz meia hora, vou atrás dele

- não vai, não. Jace sabe se virar, senta-Pedro apontou o dedo para ela, que se sentou

Ficamos esperando mais uns dez minutos até que Jace finalmente volta