Capítulo 15 - Andrew

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Acordo-me e a Ester está ao meu lado não quero acorda-la, então saio da cama na maior suavidade e vou para o banheiro lá faço minhas higienes matinais e desço para cozinha.

- Bom dia mãe! - digo abrindo a geladeira e servindo-me com um copo d'água. O cheiro da comida que minha mãe prepara está divina.

- Bom dia filho - ela limpa as mãos no avental e vem em minha direção, dá-me um beijo na testa e volta ao fogão - A Ester dormiu com você não foi?

- Dormiu sim, ela ainda está dormindo na verdade - digo e guardo a garrafa com água, ponho o copo na pia e vou para sala.

Ligo a TV e ainda passa desenho, resolvo assistir é que na verdade eu gosto de desenho sim. Está passando Bob Esponja, eu amo esse desenho desde que eu era criança que assisto e não me canso de assistir.

- Vejamos quem está assistindo desenho - escuto uma vós em meio as risadas, não preciso me virar pra saber que é a Ester. - Bob Esponja?

- Sim! Eu gosto qual o problema? - digo um pouco irritado porque quem foi que disse que adolescentes não podem assistir desenho? - Vem! Senta aqui assiste também.

- Pra falar a verdade eu até gosto desse desenho - ela diz sentando-se do meu e deitando a cabeça em meu ombro. - Você dormiu bem?

- Com certeza, mas não consegui te tirar da cabeça. - digo olhando diretamente para os olhos dela

- E foi? Porque? - Ela alisa a minha pequena cicatriz na sombrancelha direita. Eu ganhei essa cicatriz quando tinha 12 anos e fui subir no telhando do vizinho pra pegar a bola de futebol, então acabei me desequilibrando e caindo com o rosto na telhado e foi ai que surgiu ela.

- Porque enquanto eu dormia só sentia o cheiro dos seus cabelos entrando em meu nariz - digo e passo a mão nos cabelos, negros como a noite, dela.

- Ai! você é um fofo mesmo - ela diz e da um selinho em mim.

- Ta agora faz silêncio que eu quero assistir. - digo tapando a boca dela.

Ela murmura algo e tenta tirar a minha mão de sua boca. Mas não consegue, já que eu sou mais forte. Quando noto que à uma desistência da parte dela tiro a mão de sua boca e continuo à alisar seus cabelos.

- Você fica bem melhor assim caladinha - digo e dou uma risada muito alta.

Posso sentir a raiva que ela está, então toco em seu queixo com meu indicador e viro seu rosto, desço meus lábios para o encontro dos dela e dou-lhe um beijo, ela fica de bem. Vai entender as mulheres.

Ficamos lá assistindo até a hora de minha mãe terminar o almoço. O que não foi muito tempo, já que nós nos acordamos mais ou menos de 11:00 horas.

- O almoço já está pronto - exclama minha mãe como se falasse com um bando de famintos. Se bem que nós estamos com muita fome.

- Quem chegar por último é a mulher do sapo! - diz Ester e sai correndo. Me deixando sentado, eu não esperava que ela fosse dizer isso mas assim que me dou conta estou correndo também. Ainda consigo alcança-la mas como ela saiu primeiro é ela quem chega e senta e eu sou "a mulher do padre".

- Haha! Você é a mulher do padre - ela diz cantando e batendo palmas

- Não valeu! Eu não estava esperando que você dissesse isso! - digo protestando contra a injustiça.

- Amor, você perdeu! Aceita que dói menos - ela diz cai na gargalhada.

- Isso não vai ficar assim Ester Lancaster! - digo e sento-me na mesa ainda recuperando o fôlego.

Estrela NegraOnde histórias criam vida. Descubra agora