O Psicopata e a Suicida (Em Revisão)

Capítulo - 5

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Chego um pouco mais atrasada do que planejei, ele parece calmo, como se meu atraso não tivesse a menor importância. Ele se levanta e me dá um beijo no rosto, suave e rápido, puxa a cadeira para que eu me sente e senta na minha frente, sorrio para ele e ele sorri de volta, que sorriso lindo ele tem. Ele começa a falar sobre quadros e como alguns são grotescos e bizarros, ele me faz rir, seu olhar é hipnotizante e profundo. Olhos verdes intensos, mil coisas passam pela minha cabeça naquele momento, mas tento ficar ali com ele. Está sendo uma noite ótima, a comida está deliciosa, a companhia dele me faz bem, ele me pergunta se pode me levar a um lugar que ele gosta muito de ir e que ajuda ele a ficar bem sempre que está triste, concordo em ir. Ele está de carro, um Stilo preto, ele me leva para um lugar deserto no alto da cidade, fico com medo no início mas depois que olho a vista fico mais tranquila.

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Procuro manter as aparências, finjo que estou me divertindo mas na verdade eu só quero que ela cale a boca. Falo que quero levar ela a um lugar onde eu vou para pensar, mas eu não vou em lugar nenhum pensar é só uma desculpa pra levar ela num lugar afastado da cidade. Eu já sei o que vou fazer, eu vou deixar ela confortável e tranquila e quando ela menos esperar vou desacorda-lá e leva-lá para o meu galpão. Eu vou amarrar ela numa mesa e a torturar, enquanto ela olha para a vista do alto da cidade, eu me adianto com os preparativos. Coloco um pouco de sonífero em um pano no carro e vou para trás dela, finjo que vou abraça-lá e Tapo sua boca e seu nariz com o pano, ela se debate mas logo cai desacordada. Ela é muito leve, parece que não come muito, foi fácil leva-lá para o carro e colocar seu corpo desacordado no porta malas do carro. Eu estou tranquilo, tudo está correndo como o planejado, chego no galpão e tiro seu corpo do porta malas, a amarro na mesa, pernas e braços. Pego a mala que estava em baixo do banco do carona, checo as facas, bisturis, luvas de cirurgião, roupa reserva, tudo em ordem. Volto para o galpão e ela ainda está desacordada, coloco outra roupa, e as luvas e começo organizar as facas e os bisturis numa bandeja de ferro. Ela começa a acordar e eu já estou a espera de seu olhar de medo, ela olha para mim confusa, tenta se mexer mas não consegue, sussurro meu nome em seu ouvido para que quando esteja no inferno, ela lembre de quem havia a torturado até a morte.

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A vista é realmente linda, James fica um pouco mais no carro mas logo depois vem, sinto sua mão na minha cintura e sorrio como uma adolescente apaixona. Eu sou capaz de esquecer o homem que me Magoo tanto e ficar com James? Eu preciso de mais que uma noite para descobrir. Penso que James vai me abraçar mas a mão na minha cintura foi só para me segurar, ele tampa minha boca e nariz com um pano, o pano está com um cheiro muito forte, me debato tentando fugir mas não consigo, ele é forte e me segura, vou caindo e por fim desmaio. Sonho que estou no meu apartamento, minha mãe está lá, meus amigos, minha família. Não entendo o porque todos estão ali, e quando vejo minha mãe chorando me questiono se eu estou morta. Começo a acordar, está tudo girando e embaçado, quando consigo voltar a mim estou amarrada em uma mesa e James está ao meu lado, ele sussurra seu nome ao meu ouvido, não entendo o porque mas estou com medo.

- Onde eu estou?
- Você está muito longe de casa, isso posso garantir.
- Por que você me trouxe pra cá?
- Porque eu quis.
- Não me machuque por favor!
- Por que eu te machucaria? Só porque eu te trouxe para um lugar deserto e te amarrei em uma mesa. A isso não é nada perto do que eu farei com você Emma.
- Por que você está fazendo isso comigo? O que eu fiz pra você para merecer isso?
- Não precisa de uma razão para uma pessoa decidir torturar a outra, basta ela querer e fazer.
- Você é maluco.
- Talvez, ou talvez eu seja o único que enxergue o mundo como ele realmente é.
Tentei mais uma vez me soltar mas foi em vão, as amarras estavam bem amarradas.

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Quando ela acorda zonza e sem saber onde está me seguro para não cair na gargalhada, garota estúpida mal sabe onde se meteu. Ela começa a me fazer perguntas idiotas, garota burra. Corto seu vestido, ela começa a gritar, mal toquei na pele dela, garota medrosa. Pego o bisturi para fazer alguns cortes em sua barriga, note que em suas pernas há marcas de cortes, ela é uma suicida. Começo a rir, ela já está se matando aos poucos, eu estou fazendo um favor a ela. Pego a maior faca que eu tenho e vou até sua perna, enfio a faca e quase sinto ela penetrar seu osso, ela grita muito, já está em prantos implorando pela vida. Isso é incrível, tiro as luvas, eu quero sentir seu sangue em minhas mãos, ela geme e chora, eu começo a dar risada, isso é hilário, ver ela dessa maneira, enfio a faca na outra perna e ela grita novamente. Pego o bisturi novamente e faço cortes em sua barriga, seios, pulsos, ela para de chorar e de implorar, ela está com os olhos fixos nos meus, está pensando em algo mas o que pode ser?

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Ele corta meu vestido eu não consigo segurar o grito, eu estou apavorada, ninguém sabe onde estou, e nem com quem eu estou. Começo a ouvir uma voz dentro da minha cabeça me dizendo que esse é o fim e não adianta de nada lutar afinal eu já comecei a por fim a minha vida no momento em que fiz aqueles cortes em mim mesma para aliviar a dor. Minha consciência é cruel mas tem razão, ele fica parado por um tempo me olhando, olha para os cortes nas minhas pernas e começa a rir como se tivesse lembrado de uma piada. Não percebo quando ele pega a faca maior que estava na bandeja do meu lado, tudo acontece rápido e minha única reação é chorar e implorar. Ele enfia a faca na minha perna tão forte que quase acerta meu osso, a dor é insuportável, grito sem parar e ele ri incontrolavelmente. Ele tira as luvas, o que ele vai fazer a seguir? eu estou chorando e sangrando muito, ele enfia a faca na outra perna, sinto uma angustia tomar conta de mim. Minha consciência me diz que essa já é o fim e não há nada a se fazer. Ele pega o bisturi novamente e faz cortes na minha barriga, seios, pulsos, fico imóvel olhando nos seus olhos, ele para e me encara também. Se esse é o meu fim eu aceito sem fazer escândalos, eu não sinto dor, eu aceito a morte, eu o agradeço, ele me olha sem entender e enfia a faca no peito. Me sinto em paz.