"- Mãe, quero que conheça a Annie. - Eu gelei, minha possível mãe estava bem atrás de mim. Eu não conseguia sequer me virar pra ela. Acho que devo apenas me beliscar e acordar de uma vez desse sonho, por que isso só pode ser um sonho."
- Annie, tudo bem? - Jane perguntou e eu assenti, respirei fundo e olhei pra ela. Era uma senhora bonita, tinha cabelos loiros curtos na altura do ombro, usava uma bermuda e uma blusa social.
- Você é... Linda. - A senhora falou em um sussurro, lágrimas molhavam seu rosto.
- Acho melhor gente descer. - Jane falou sorrindo em menção de Milla que dormia.
Nós três descemos até a sala e lá Barry estava com aqueles cotonetes coletores e também tinha um senhor de cabelos grisalhos lá.
- Annie, esse é nosso pai. - Jane se sentou no sofá e eu dei um sorriso sem graça.
- Jane, eu entendo que tudo aponta que sejamos irmãs, mas como eu disse....
- Coisas boas não acontecem com pessoas como você. - Ela me imitou e revirou os olhos. - Barry, faça os exames.
E assim o fez, Barry passou um dos cotonetes na boca de Jane e depois a beijou, meu suposto pai lançou um olhar mortal pra eles e eu não consegui não rir. Depois da situação engraçada Barry passou o cotonete na minha boca.
- Sem beijos dessa vez Barry, não confunda os rostos. - Não pude evitar o comentário e sem querer fiz Barry e Jane corar.
- Ta bem srta. Engraçadinha, vou ir pro laboratório. - Barry se retirou da sala.
- Então, mãe, achei que estavam dormindo. - Jane sorriu e retirou minha suposta mãe do transe. Ela e o meu suposto pai olhavam pra mim sem parar.
- Nós fomos caminhar um pouco. - Que fofo. - Eu precisava por a cabeça no lugar.
- Mas então Annie. Quem é a garotinha? - Meu suposto pai me perguntou amigavelmente.
- Minha filha. - Sorri e ele e suposta mãe ergueram as sobrancelhas em sinal de surpresa. - Seu nome é Milla.
- Somos avós? - A susposta mãe sorriu e eu apenas corei.
- Eu não sei o nome de vocês. - Sorri envergonhada. Tinha que mudar o assunto antes que falassem "E o pai dela?"
- Me desculpe querida. - Suposto pai me chamou de querida? - Eu sou Gregory Waolken. - Apontou para si.
- Marisa Waolken. - Susposta mãe falou.
- Jane Waolken. - Sorriu. Qual é espelho durão? - O que? Todo mundo tava se apresentando. - Deu de ombros e nós sorrimos.
- Annie, por que não nos conta um pouco sobre você? - Suposto pai... Quero dizer, Gregory sugeriu.
- Bom eu fui deixada no orfanato Buttom com algumas semanas de vida. Eu cresci com a filha de uma das cuidadoras, seu nome é Amanda Skye. - Eu sorri. - Quando fiz 17 anos eu engravidei de Milla. - Suspirei ao lembrar do Lee. - Eu também fui morar com a tia Cora e Amanda, ganhei um sobrenome. Umas semanas depois que tive Milla, tia Cora faleceu. - Uma lágrima escorreu por meu rosto. - Eu arrumei um emprego e cuido do apartamento que ela nos deixou. Fim - Sorri triste com a péssima história que tenho.
- Eu sinto muito Annie. - Suposta mãe apertou meu ombro.
- Tudo bem Suspos... Marisa! - Meu coração acelerou por quase tê-la chamado com esse apelido que meu consciente criou. Vai com calma cérebro inútil!
- Exame saiu! - Barry entrou na sala sorrindo. Graças a Deus!
- Não precisamos disso Annie. - Gregory olhou pra mim.
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Clinton
PertualanganClinton, uma cidade harmoniosa até que pouco a pouco é tomada por inimigos além de indestrutíveis, são extremamente nocivos. A cidade está perdida, até que ela surge. Uma heroína capaz de retomar Clinton com êxito. Porém, antes de ser a heroína Vene...