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Eu ainda não estava acreditando que eu estava à frente da porta da casa do Harry para ajuda-lo. Havia parado com os meus estudos para simplesmente ajudar o garoto.
— Ei.— Harry apareceu na porta de sua casa, usando calça de pijama e uma blusa branca.
— Vamos logo com isso, Harry. — Ri e entrei em sua casa.
O garoto puxou os cabelos para traz, soltou um sorriso abafado e envergonhado, e fechou a porta logo em seguida. Andamos até a escada e vi Anne sentada no sofá da sala, assistindo o famoso programa Master Chef.
— Boa noite, Senhora Styles. — Disse assim que passei por ela.
— Boa noite, querida. — ela me olhou de relance e logo voltando a sua atenção para a sua interessante programação. Sorri ao vê-la e continuei o meu caminho, subindo as escadas junto de Harry.
Ele parecia estar tão acostumado com aquelas escadas que somente usava o corrimão para lhe oferecer assistência. Por ser sua casa, creio que Harry não utilizava seu bastão de auxílio. Chegamos no seu andar, e pela primeira vez, pude conhecer seu quarto. Não era como eu imaginava. Achava que o quarto do Harry fosse um quarto cheio de quadros, assim como o seu ateliê, mas não. Seu quarto era pequeno de paredes tingidas por um azul celeste. Logo quando entrava podia-se ver uma cama de solteiro encostada em uma parede com uma janela acima. Sim, A JANELA. Na mesma parede havia uma mesa com um computador e outros objetos sobre, e uma estante de livros na parte superior. Um armário branco estava na direção oposta de sua cama, e algumas obras de outros artistas decoravam seu quarto. Era bem organizado e cheiroso.
— Quarto legal, Harry. — Comentei e sentei em sua cama.
— Obrigado. — Ele disse, antes de pegar uma espécie de ipod do bolso e tatear a sua mesa de estudos. Observei seus movimentos e o vi colocando seu iPod em uma espécie de aparelho de som e pondo para tocar uma música clássica.
— Sua mãe ou Gemma não poderiam lhe ajudar nisso? — Revirei os olhos, e mais uma vez lamentei por ser tão estupida em fazer expressões faciais.
Harry se virou e esticou o braço em minha direção, assim me chamando para levantar. Ficava impressionada com suas habilidades de saber aonde a pessoa estava somente com o sentido da audição. Descobri que pessoas que perdem a visão tem os outros sentidos mais apurados. Era por isso que Harry conseguia ouvir mais os pássaros naquele dia do parque, e eu tinha tanta dificuldade.
Levantei-me, segurei em sua mão, e fiquei à sua frente.
— Eu acabei discutindo com elas sobre isso. — Ele deu um sorriso nervoso e colocou a mão em minhas costas. Envolvi o seu pescoço com um dos meus braços, e o outro Harry o segurou. — Elas tentaram me ajudar a dançar, mas minha mãe e Gemma sempre queriam levar a dança. Sempre querendo me ajudar em tudo, como se eu fosse um dependente. Então, falei para elas me deixarem aprender sozinho. Não preciso delas. Só que aí eu precisei, e fui muito orgulhoso para pedir que elas me ajudassem novamente, e aqui está você. — Ele sorriu. Olhei para seus olhos desnorteados e semi abertos. Eu ficava hipnotizada em seus olhos enquanto ele falava sobre o seu problema, que quase não conseguia prestar atenção. Seus olhos verdes eram muito bonitos.
— Você é um idiota. Vamos acabar logo com isso. Preciso estudar matemática. — Ri.
— Tudo bem. — Ele sorriu e começamos a seguir a música clássica que estava tocando no fundo fazia um tempo.
Eu não era a menina mais certa para ensinar alguém a dançar, mas posso dizer que no casamento da tia Nelly dancei razoavelmente bem com meu primo Gustav. Harry tentava me levar na dança, mas às vezes se perdia em seus sentidos. Sem contar que ele estava tenso demais e não se soltava para a melodia.
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He Can't See Me • h.s
Fiksi PenggemarHarry Styles é um jovem pintor que ama pássaros. Porém, não é um rapaz tão comum assim. Excêntrico é a palavra que o descreve. A menina ruiva, Alene, que adora pedalar, conhece o garoto de cabelos cacheados na Carolina do Sul. Ninguém imaginaria...