The Shamy Locomotive

The Reflection of the Trip II

A moça de belos olhos verdes por trás dos óculos e sorriso meigo, não saia de sua cabeça. Suas palavras ásperas na hora da raiva, "Você é muito egoísta! Isso tudo está acontecendo por causa do seu egocentrismo.". Será mesmo que foi pela raiva ou ela realmente achava isso dele? Sheldon não se importava de ser nomeado egoísta, isso nunca o incomodou, entretanto, vindo da boca de Amy era como um soco na boca de seu estômago.

Sheldon não conseguia obrigar sua mente parar de pensar, então levantou-se e bateu na porta do quarto de sua mãe.

Toc, toc, toc – Mãe!

Alguns segundos depois, Marry abre a porta sonolenta e parecendo um pouco irritada.

- O que foi Sheldon? – murmurou.

- Eu não consigo dormir.

- E achou que deveria fazer o mesmo comigo?

- Não. Eu achei que poderia preparar um leite morno para mim.

- Oh, Senhor – ela passou as mãos pelo rosto. – Você tem mesmo que se acertar com seu amigo.

Ela saiu do quarto e caminhou para a cozinha, Sheldon a seguiu e sentou a mesa. Marry preparou o leite morno e o serviu. Ele tomou um gole e sibilou, satisfeito.

- Já que me acordou, por que não consegue dormir? – indagou a mãe.

- Ah – encolheu os ombros. – Meu cérebro se recusa a parar de pensar e ir descansar.

- Pensar em quê? – perguntou faltando-lhe paciência.

- Amy.

- Ah, a garota cientista. Shelly, se você sente falta dela vá e peça desculpa a ela.

Ele encarou a mãe.

- Não é tão fácil assim. E ela quem me deve desculpas, pelo tapa.

Marry bufou com a paciência já no seu limite.

- Sheldon, não pode se dar ao luxo. Ao contrário do que você acha, nem todos vão ficar correndo atrás de você sempre. Eu sei que por trás dessa sua postura de auto-independência á um menino que gosta de ser amado e que não quer ficar sozinho. – ela pegou a mão dele. – Querido, você tem ótimos amigos do seu lado. Eles realmente – pausou. – gostam de você. Você tem que mostrar um pouco de gratidão por isso, porque quando eles partirem vai ser tarde de mais.

Ele não disse nada, apenas olhou para ela de cabeça quase baixa.

- Eu sei que esse seu comportamento distante de sentimentos e afeto começou depois que seu avozinho se foi. – suspirou Marry – Filho, não deixe isso te afastar das pessoas que se importam com você. Se não demonstrar, elas vão achar que não vale a pena estar com você. Quer ficar sozinho?

Sheldon abriu os olhos e balançou a cabeça exasperada, negativamente.

- Então faça o que é preciso. – ela levantou-se, acariciou a cabeça dele, bagunçando seus cabelos e começou a dirigir-se em direção ao quarto.

- Mamãe!

Ela respirou fundo e virou-se para ele.

- Eu te amo – sussurrou.

Instantaneamente um sorriso brotou no rosto da mãe. Isso era algo muito especial quando vindo de Sheldon, até mesmo para ela.

- Oh, Shelly. – ela voltou, segurou o rosto dele com as duas mãos e o beijou na testa. – Eu te amo tanto. – pegou sua mão. – Venha, vamos dormir.