Ajuste de última hora
Meu celular desperta, dezoito horas em ponto, hora de correr. Caminho por três quarteirões até chegar na pista de corrida.
Lá está ela, como sempre, está se exercitando antes de começa sua corrida, fazendo polichinelos. Aquela pele morena, longos cabelos escuros, olhos castanhos e um short verde. Ela não é nenhuma deusa grega, mas até que é gata. Alguma coisa me atrai nela; não sei explicar direito oque é. — Percebo que hoje a pista não está muito cheia. Vai dar para acompanhá lá tranquilamente. — Ela começa a correr. Coloco meu fone de ouvidos e vou atrás, mantenho uma certa distância, como sempre faço.
Já estamos correndo a uns sete minutos ao som de, OMI - Cheerleader; de repente ela pisa no cadarço do seu Nike rosa, que estava desamarrado e cai no chão, começo a correr um pouco mais rápido, para poder ajudar.
Me aproximo e digo:
— Está tudo bem? Se machucou?
— Acho que torci meu tornozelo, esta doendo muito. diz ela.
— Vamos sair do meio da pista, se apoia em mim.
— Calma! dói muito.
— De vagar, digo
— Meu carro esta estacionado no começo da pista, só precisa me ajudar a chegar até lá. — Diz ela com a voz ofegante de dor.
— Você é louca?! Como você vai dirigir nesse estado? Eu te levo até um hospital.
— Não precisa! eu consigo. Não quero te incomodar.
— Não é incomodo nenhum, não tenho nada pra fazer mesmo. — Apoiada em mim, caminhamos por uns dezessete minutos até chegar no seu carro. É uma BMW simplesinha.
— A propósito, meu nome é Pedro.
— O meu é Manuela. Disse ela.
— Desculpe a pergunta, mas quantos anos você tem? — Ajudo ela a entra no carro, dou a volta e peço a chave do carro.
— Tenho dezessete e você?
— Dezessete também. — ligo o carro e começo a dirigir. — Dezessete anos e já tem carro! Como assim? — Viro a primeira esquina a direita.
— É que venho de uma cidadezinha do interior que fica bem perto aqui de Noar, para estudar e preciso me locomover com facilidade nessa cidade, então meu pai me deu este. Daqui a alguns meses eu consigo minha habilitação, aí fica tudo bem. — E você? Já sabe dirigir também e ainda é menor de idade.
— Aprendi com meu pai, ele me ensinou faz algum tempo já — Continuamos a conversar durante toda o trajeto até o hospital. — Descobri várias coisas sobre ela. — Agora sei que ela veio de Jaboticatubas, que seu pai é fazendeiro, que mora aqui á um ano e vai cursar veterinária, entre outras coisas.
Paro a BMW em uma vaga bem perto da portaria principal do hospital. Ajudo, Manuela a descer do carro. Ela se apoia em mim e vamos em direção a recepção.
— Boa noite. Ela sofreu uma lesão no pé, precisa de atendimento — Digo a recepcionista.
— Pode aguardar ali, que vou pegar a ficha para você preencher — responde a recepcionista.
Pego a ficha e sento ao lado de Manuela e começamos a preencher seus dados de acordo com o que ela vai falando. — Quando término, entrego a folha de volta a recepcionista. uns quinze minutos depois ela nós chama e diz que o Dr. Antônio está nós aguardando no consultório 07. — Levantamos da cadeira e Manuela se apoia em mim, ajudo ela a caminhar ate chegar no corredor, caminhamos mais lentamente pelo corredor que é tem um quadro a cada dois metros ate a sala 07. que é a ultima do corredor. adentramos a sala, ela é toda branda com os rodapés verdes, ventilador de teto e uma mesa bem espaçosa no meio e com aparelhos que não tenho a minima ideia para que servem.
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Ajuste de ultima hora
Short StoryVarias historias que vai te surpreender a cada linha. Contos descontraídos, para passar o tempo, mas de grande qualidade e valor.