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  Quase não dá mais para sentir o calor da Luz Soberana em sua pele.

  A partir daqui não precisará mais de Refletor Líquido.

  A estrada azul continua até o horizonte escuro, para onde você segue, ao longe do horizonte de ferro que começa a ficar longe.

  Você continua.

  Seguindo por entre as árvores, sentido a estrada azul ao lado.

  E o animal continua em seu ombro, e pela primeira vez desde que você o colocou onde está, ele se mexe.

  Seus olhos e os dele esbarram em uma barata entre os cacos de vidro no chão.

  Você começa a segui-la.

  O animal se agitando.

  A barata ameaça voar.

  Suas asas se abrem.

  Você não pode deixar que o cheiro se espalhe no ar e atraia Carniceiros ou Remanescentes.

  Aumente os passos.

  Pare.

  Um barulho escondido entre as árvores chega aos seus ouvidos.

  Tarde demais.

  Um Carniceiro.

  Você prende a barata debaixo do pé.

  O animal, da cor de sua camisa, usa o rabo longo para se pendurar em seu ombro.

  Azul.

  Ele cai.

  Você tira da mochila um frasco vazio de Brilhante Líquido.

  Põe a barata dentro.

  A respiração nojenta do Carniceiro se aproxima.

  Agarre o animal e corra!


CONTINUA...

Azul - A Cor do Último SonhoOnde histórias criam vida. Descubra agora