Capítulo 5 - Um pai?

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" - Não senhor. E esse quarto, está arrumado como sempre, eu chequei agora a pouco. - Ela falou antes de se retirar.

- Ela se foi?"

Minha primeira reação foi contar a Marisa, ela ficou chateada por ela ter ido, mas não podemos pressionar ela. Depois de contar a Marisa nós nos arrumam os para ir para a empresa, eu teria uma reunião com os acionistas e também com meu advogado, eu irei modificar meu testamento e preciso que ele mude os nomes de Annie e minha neta. No caminho liguei pra Jane pra saber se ela sabe de algo.

P.O.V Jane

- Barry, talvez se isolarmos o núcleo do grão... - Eu insisti nessa teoria de se isolar o núcleo conseguiremos achar o maldito demônio.

- Querida, isso não levará a nada. - Ele continuou mexendo no grão sem me ouvir. Eu bufei em resposta.

- Barry, eu sinto muito, mas Jane tem razão. - Tábata fazia uma simulação no computador.

- Ta do lado dela Tábata? - Barry fez drama.

- É simples, vamos isolar o núcleo e coletar marcadores de DNA, se é que isso tem um DNA. - Falei tomando o microscópio de Barry. Quando eu finalmente consegui fazer Barry desgrudar eu fui interrompida por meu celular.

- Pai? Tudo bem? - Atendi assim que vi que era o papai. Será que aconteceu algo com a Annie?

- Sim querida, só que sua irmã sumiu. - Ele com certeza estava usando a careta fofa, ele torcia o nariz e fazia um biquinho.

- Eu vou matar aquela loira! - Fiquei enfurecida e praticamente gritei. - Como alguém pode ser tão chata e cabeça dura! Deve ter ido ver a Amanda. - Enfatizei o nome da melhor amiga/irmã/vida dela. Ciúmes, claro que não, mas essa relação delas é nojenta!

- Querida, sabe como posso achar ela? - Papai perguntou.

- Claro claro, sei de uma forma. - Já fui em direção ao meu computador fazer umas buscas podres de um certo alguém.

P.O.V Annie

Tudo bem! Sou filha de milionários e estou aqui limpando toda a farmácia que trabalho. Seria simples se não envolvesse um caso extremo de rinite alérgica, muita poeira e produtos com cheiro forte, não posso esquecer os clientes que parecem ter tomado banho de perfume barato. A essa altura até meu cérebro já se foi na rinite, eu estava orando pra chegar logo a hora do almoço, que seria em vinte minutos.

- Você está bem? - Me assustei ao ver meu... Gregory ali.

- Greg! Posso te chamar de Greg né? - Parei de passar pano no chão e apoiei na vassoura pra assoar o nariz. Maldita rinite!

- Claro, quer ajuda? - Ele se ofereceu. Claro Greg, venha me ajudar a passar pano com esse seu terno que vale um ano de salários meus!

- Qual é Greg, é meu trabalho, bom, meu trabalho seria atender os clientes, mas a vadia demoníaca, quero dizer, minha chefe me designou essa tarefa, então, aqui estou. - Maldita rinite, maldita vadia, maldita vassoura, maldita tagarelice, maldita vida!

- Olha, podemos almoçar? - Ele hesitou e sorriu.

- Daqui a vinte minutos. - Apontei pro relógio invisível no meu pulso. Por que será que as pessoas fazem isso? Curioso.

- Está bem, tem certeza que não quer ajuda ou um remédio? - Ta certo, o Greg consegue ser mais fofo que o Jeromme.

- E ser pêga dormindo por causa do antialérgico? Não, essa eu passo. Me espera no carro, é melhor. - Me lembrei de quando dormi no ônibus depois de um desses e quase parei em outra cidade, Penny City... Algo assim.

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