Xandria

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Quem nunca teve um amigo imaginário ou já se deparou conversando consigo mesmo por diversas vezes no mesmo dia? E se eu te disser que no meu caso eu não falo sozinho?

Sempre vivi rodeado de amigos e familiares, sou uma pessoa normal e gosto de sair, me divertir, ir a baladas e jogar conversa fora. Sinto que sou como qualquer adolescente que vive aqui no Rio de Janeiro, com um pouco de sotaque apesar de ser Carioca e minha família também ser daqui minha fala é um pouco diferente. Alguns dizem que falo de forma sensual naquele estilo russo que toda mulher sonha em ouvir no pé do ouvido, outros dizem que falo como uma pessoa que precisa ir urgentemente a um fonoaudiólogo mas, sinceramente adoro a forma que falo.

Estou escrevendo aqui para contar um pouco sobre o que vivi, sobre o que vivo nos meus dias atuais, sobre minhas histórias que em todo tempo giram em minha cabeça. Sim, é assim mesmo que acontece eu fecho os olhos e quando me deparo estou no meio de algo uma cena que sei que não é mentira. Sinto uma veracidade em cada palavra em cada cena em cada olhar que troco com cada um em minhas cenas e acredito... sinceramente que faço parte de um mundo paralelo e, que quando fecho os meus olhos vou para o outro lado do meu mundo. Lá eu me chamo Mikael II...

Tudo começou com um rei que adorava fazer tudo o que seu coração mandava, destemido e valente ele sempre lutou pelas coisas ao qual ele acreditava. Seu nome Eduardo Jhon Hovenstoff cujo a fama de um bom rei ia em todos os reinos, a prática de ajudar a todos e acolher os necessitados em seu reino era diário. o rei e sua família viviam num palácio enorme, com grandes torres onde ficavam os quartos, com muitos empregados e todos tinham paz e serenidade e até a presente data todos ali naquele reino nunca viram o rei ficar bravo com nada ele sempre estava bem para os outros. Sua família era o que ele mais tinha de precioso, um marido exemplar e muito fiel. Todos os dias acordava e ia tomar seu café da manhã com sua esposa e somente depois de seu café da manhã ele começava religiosamente seus afazeres como o rei. Seu reino contava com os mais valentes guardas e era o sonho de qualquer criança um dia ser cavaleiro de Xandria.

Xandria ficava ao norte do que conhecemos hoje por Reino Unido e em pouco tempo foi crescendo e ganhando mais vitalidade e força um lugar repleto de verde, muitas plantações, abundância em suprimentos e em volta de todo o reino era repleto de montanhas. O dia mais belo do reino depois do casamento real foi o dia do nascimento do seu primogênito que o rei fizera questão de escolher o nome e batizá-lo como Mikael. Seu filho cresceu como toda criança real mas com um coração nobre, bondoso e sua mãe a rainha Katherine sempre o ensinou a acreditar em si, em seus instintos a idade dela trazia uma sabedoria enorme tanto que se tornou o braço direito do rei, tudo o que ele fazia era decidido pelos dois. O rei - seu pai  o treinara junto com os melhores cavaleiros do reino, treino este que começou quando o jovem príncipe tinha apenas 8 anos de idade - para que ele um dia viesse a ser o comandante dos cavaleiros e um dia ser o sucessor de seu pai no trono real. Sempre tomado pelo orgulho de sua mãe que o fazia estudar com os melhores sábios da época e fazia com ele soubesse se comunicar bem e ser inteligente. Diz a história que o rei inteligente rege um bom reino e sua mãe sempre acreditara que ele seria igual ao seu pai.

Mikael além de suas tarefas como príncipe tentava ser uma criança normal, tentou por diversas vezes fazer amigos com os filhos dos empregados mas sempre era tratado como o príncipe ou como Vossa Majestade real. Isso o fez por diversas vezes sair do castelo para andar pelo reino, ver as pessoas e se tratando de um reino totalmente fora de perigo não deixava de ser prudente levar sempre consigo um cavaleiro.

Quando completara 17 anos, já se preparava para ser o sucessor de seu pai ao reino, estudava diariamente soluções estratégicas para o reino, já participava de reuniões com os representantes  de outros reinos junto com seu pai e com tudo isso ia desenvolvendo-se e orgulhando o seu pai. Em uma dessas reuniões nosso jovem príncipe ao voltar ao palácio passou por uma casa que lhe chamou muita a atenção era uma taberna, sempre curioso para saber o que poderia encontrar lá aproximou-se da velha casa que tinha uma forma rústica e sinceramente não era muito bem frequentada aos padrões reais com paredes reformadas e um teto que parecia ser de palha mas não passava por ele nada, era um local seguro ao menos era o que seu instinto o dizia. O povo que ali ia eram pessoas comuns e não os nobres que ele costuma conviver. Ao chegar na porta da taberna se via em uma tinta estranha um nome e alguns desenhos que mais pareciam uns rabiscos ao lado do nome um em especial lhe chamou a atenção pois era parecido com dois triângulos, um virado para cima e outro para baixo fazendo uma espécie de estrela com seis pontas e um círculo envolvendo estes pontos. Aquilo o chamou a atenção ainda mais quando ele se aproximou e aquele símbolo brilhou para ele, o chamava o fazia ser atraído para entrar e ele ia em direção aquela luz que se tornava atraente, e ia caminhando e seus pensamentos fugindo a única coisa que havia em sua mente era que ele tinha que entrar ali e quando ele fez menção a abrir a porta ele foi trazido de volta a sua realidade por uma voz de um homem que estava quase já a se esbarrar com ele:

MikaelWhere stories live. Discover now