Capítulo Quatro

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Sebastian já tinha tirado toda a roupa de Oliver, e agora ela estava embaixo dele, com as mãos na barra de sua boxer. Ele abriu os olhos e começou a beijar o pescoço dela, mas quando escutou a voz dela, a soltou e se sentou na cama.

— Desculpe, eu...

— Sebastian? Está tudo bem? – ela se sentou, colocando as mãos nos ombros dele e fazendo pressão em seus dedos ao perceber o quão tenso ele estava.

— Eu não posso fazer isso, Oli...

— Você é casado? – arregalou os olhos. – Seu filho da puta!

Ele assistiu ela se levantar e vestir a lingerie de novo, e só então se tocou do que ela tinha dito.

— Não! Não sou casado, Oliver.

Ela abotoou o sutiã e voltou a se sentar na cama, dessa vez ao lado do homem e não debaixo dele.

— O que é então?

— É complicado. Eu estou apaixonado por uma garota de dezesseis anos.

Ela arqueou a sobrancelha.

— Essa é a parte complicada? Porque eu acho bem simples. – ela deu de ombros. – Toda forma de amor é válida. Meu marido era cinco anos mais novo que eu.

Sebastian abriu bem os olhos azuis em direção aos dela e ela sorriu.

— Ele morreu há dois anos. Mas a garota que você ama está viva, não?

— Sim. E também é a namorada do meu filho.

Ela tossiu e ele precisou rir, porque sabia quão absurda era essa ideia.

— Ah, essa é a parte complicada. – ela então sorriu. – Você pode tentar. Pode sempre tentar. O que não pode é não tentar.

— Eu sei. Mas ela ama tanto ele, e ele é um desgraçado. Ele assumiu na minha cara que só está com ela para me irritar.

— Então mostra pra ela que você vale a pena. – ela murmurou, levando sua mão ao cabelo dele e fazendo um carinho. – Agora, já que você me fez acreditar que eu ia receber o Deus dos orgasmos hoje, e isso não aconteceu, você vai tomar um banho e vai me explicar direitinho essa história que me deixou mais que curiosa. Você me deve isso, homem!

Ele sorriu e assentiu.

— Abre um vinho enquanto isso, porque a história é longa.

— Com certeza. – ela já tinha tirado uma garrafa de vinho branco do frigobar quando ele entrou no banheiro. Vestiu a camisa de Sebastian porque não queria ficar só de roupas intimas já que não ia transar com ele. E também não queria ficar com aquele vestido apertado a noite toda.

Ela riu sozinha ao perceber o quão fodida era a vida dele no momento. Estava enchendo sua terceira taça quando escutou a campainha do quarto. Ouviu o chuveiro desligar, mas ainda assim cambaleou até a porta em passos bêbados, porque Sebastian estava nu e não queria o constranger.

Abriu a porta e deu de cara com uma menina loira e pequena, parecendo querer sumir quando viu que foi ela quem abriu a porta.

— Posso ajudar? – a mulher pediu, simpática. A menina parecia assustada demais, então exagerou na simpatia para que ela não fugisse correndo.

— Ah, meu Deus. Sinto muito, eu... – Oliver sentiu Sebastian atrás de si e olhou por cima do ombro, não se arrependendo ao se deparar com ele só de toalha. Fazendo sexo ou não com ele, o homem era um pedaço de mal caminho e isso ninguém podia negar.

Fruto ProibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora