Epílogo I - P.V. Leah Clearwater

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Parada em frente ao espelho do banheiro, analisei criticamente o corpo ali refletido, vestindo um baby doll negro de cetim e renda, passei a mão lentamente na fenda que se abria na frente do traje, alisando meu estômago completamente plano mais uma vez.

Com um suspiro abandonei minha pose reflexiva e liberei meus cabelos da toalha branca que os envolvia deixando que caíssem pesadamente sobre meus ombros e costas, peguei minha escova para penteá-los, mas antes que o fizesse, mãos gentis barraram meu braço a meio caminho.

– Deixe-me fazer isso – murmurou ao meu ouvido, aproximando-se por trás até encostar seu corpo no meu.

Meus olhos encontram os seus no espelho, ainda que eu vivesse 1.000 anos, nunca cansaria de me repetir quão afortunada me sentia por tê-lo. Eu assenti e baixei meu braço, deixando que ele tirasse a escova dos meus dedos e me levasse dali pela mão.

Segui-o até o quarto, iluminado apenas pela luz que provinha do banheiro, ficando um passo atrás para admirar mais uma vez seu corpo. Descalço, ele vestia só a calça cinza e folgada do pijama, por baixo dela eu o sabia nu. Os músculos de suas costas nuas ondulavam sob sua pele morena, enquanto seguia até a cama, onde se sentou encostado a cabeceira me puxando para que eu me acomodasse entre suas pernas, longe o bastante para que pudesse pentear meus cabelos, mas perto o suficiente para sentir seu calor.

Seus dedos carinhosos deslizaram por todo o comprimento do meu cabelo até juntá-lo todo em um punho para desembaraçá-lo, seus movimentos lentos, passando a escova entre os fios eram hipnóticos, fechei meus olhos usufruindo desse contato. Quando se deu por satisfeito deixou-os soltos e passou a escová-lo com mais vigor, seus dedos percorrendo o mesmo caminho que a escova.

Eu costumava brincar, mexendo com ele sobre seu fetiche por cabelos compridos, e ele me dizia que era só o meu que tinha esse efeito sobre ele.

Quando ficou feliz com seu trabalho largou a escova na mesinha ao lado da cama e voltou a afastar meus cabelos das costas, liberando minha nuca onde seus lábios quentes repousaram suavemente, estremeci involuntariamente, ainda de olhos fechados sorri sabendo exatamente ao que isso nos levaria.

Ergui minha mão para acariciar seus cabelos que faziam cócegas em meu pescoço, suas mãos desceram por minhas costelas e infiltraram-se pela abertura na frente da minha roupa. Um gemido escapou dos meus lábios quando seus dedos tocaram meus seios. Empurrei minhas nadegas para me aconchegar em sua virilha, e foi sua vez de gemer.

Girando rapidamente, Paul deitou-me de costas e equilibrou-se sobre mim, seus olhos escurecidos pelo desejo cintilavam cheios de promessas de luxuria e um prazer sem igual. Arfei quando seu quadril encaixou-se ao meu, roçando sutilmente entre minhas pernas.

Sua boca desceu capturando a minha num beijo ardente e sensual, que apagou da minha mente qualquer pensamento coerente. Minhas mãos pressionaram suas costas buscando uma proximidade maior; sua mão infiltrou-se entre nós apertando meu seio levemente, arrancando gemidos de ambos. Ele baixou seus lábios, mordiscando meu queixo e pescoço, seu corpo serpenteando para baixo, ele prosseguiu beijando meu colo e meus seios sobre o tecido fino fazendo-os palpitar desejando um contato mais direto.

Seus dentes roçaram a pele do meu estomago e barriga, sua língua áspera encontrou meu umbigo. Num ato reflexo, arquei meu quadril, seus dedos experientes pressionaram minha carne, mas antes que eu pudesse me dar conta do por que, ele parou e puxou a coberta sobre nós.

Olhei-o num misto de frustração e confusão, sem conseguir articular meu protesto.

– Lembre-se de me agradecer por isso depois – sussurrou ao meu ouvido antes de virar para acender a luz do abajur e pegar o livro que estava ali ao lado.

She WolfOnde histórias criam vida. Descubra agora