Parte 21

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                DESPEDIDA

Como já disse quando voltei do Rio fiz novas amizades.  Conheci a Elainy que eu chamava de Lany e a Mi, Micaela que era casada. Foi nesse período de melhora de minha mãe que resolvemos viajar só nós quatro. A Mi era artesã e precisava de matéria prima para faze suas obras de artes.

Fomos para uma cidadezinha que mais parecia uma roça.

Foi os melhores dias, acho que para as quatros,  entre nós não tinha isso de mãe e as amigas da filhas, todas tinham 16 anos a mesma cara e eram muito amigas. Nos divertimos a beça.
Foram tantas aventuras, nos perdemos no meio do mato, tomamos banho de cocheira, mãe deu várias cambalhotas e mortais dentro da água fiquei maravilhada como ela fazia aqui com maestria eu até tente não deu certo, a correnteza quase me arrastou, foi muito engraçado elas me segurando quase chorando de medo que eu afogase, catamos café, colhemos cipós para o artesanato de Mi no meio da mata virgem, eu cair e me arranhei de sobra e ainda andamos na carroça de um caminhoneiro que deu carona pra gente. O que é  mais engraçado nessa história é que Lany nem no meio da terra tirava seu ar de patricinha.

Quando agente chegou lá na roça  tínhamos que andar por quase uma hora em estrada de chão,  ai vai Lany de blusa rosa, saia branca e uma sandalinha plataforma branca e rosa, não tinha andado nem 20 min e ela já estava cheia de bolhas nos pés, sei que ela tadinha sofreu, mais que foi engraçado foi. E minha mãe ficou com pena e deu um chinelo pra ela.

Meu primo logo se engraçou por Lany, ele era bem bonitinho tocava e cantava em uma banda de rock. O último dia foi bem emocionante. Eu acredito que a muito tempo minha mãe não se divertia a sim e de verdade sem fingimento.

Chegamos no domingo já atrasadas para o culto e Damon estava soltando fogo pelas ventas de raiva e dizendo que mãe era irresponsável, ela simplesmente ignorou ele, acredito que ela não queria estragar aquele dia.

Durante o culto nós  só trocávamos olhares e dávamos risada uma da cara da outra, estava as quatros como camarão queimadas.

Nunca vou esquecer aqueles dias com elas. E também aquele domingo foi o último dia que vi minha mãe com  saúde. Tenho certeza que ela só quis um tempo comigo como as verdadeiras amigas sempre fomos, foi uma despedida.

Depois disso, tudo despencou como um avalanche.

Um eu antes de mim.[Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora