Tudo se iria resumir às palavras que iriam ser proferidas. Estes segundos de silêncio estavam a sufocar-me.
DIGA-ME COMO ELA ESTÁ!!
-Tivemos que ligar a sua amiga às máquinas.
-Hm...e que isso quer dizer?
-Quer dizer que a sua amiga tem que estar ligada a maquinas para conseguir respirar ,mas ,por enquanto ela ainda se consegue mexer.
-Isso é bom,certo? -pergunta Scott.
-Sim, isso é bom ,mas não podemos garantir nada ao certo.O médico abandona o local onde nós estávamos.
Passado uns dois minutos estava tudo numa correria como um shopping na black friday. Eu não sabia o que se estava a passar. Fui ter com uma enfermeira.Boa noite -digo.
A enfermeira parecia muito profissional e comecei a duvidar se eu ia conseguir tirar algumas informações dela. Ela parecia ter uns vinte e cinco anos ,a farda à qual ela era obrigada a ter vestida ficava-lhe muito bem. Por momentos invejei o corpo desta mulher.
-Boa noite. Deseja alguma coisa?
-Sim ,hm.. Será que me podia dizer quem é o paciente do quarto para o qual estão todos a correr?Eu ainda tinha um pouco de esperança que ela me dissesse. Mas sei que não o podem fazer,não podem dizer certas informações até um superior permitir e, mesmo que esse superior autorizasse diriam apenas aos familiares dos pacientes.
-Eu não devia...
-Por favor -imploroEu realmente estava desesperada. Só rezava que não fosse a Molly e ,caso fosse que seja para uma coisa boa, o que normalmente não é.
-Eu digo-lhe ,mas não pode informar nenhum superior!
Até porque eu conheço os seus superiores e tudo ,pensei.
Ok, mas eu compreendo se fosse o meu caso eu talvez também teria medo.-Eu não digo.
A enfermeira foi ao computador ver a quem pertencia o quarto.
-Bem. O paciente do quarto 666 é uma jovem chamada Molly...
Mal a mulher disse o nome Molly eu saí dali a correr em direção ao quarto 666.
Estava a chegar e o meu corpo é impedido de entrar por uma grande força. Vários médicos e enfermeiros estavam a impedir-me de entra no quarto. Eu conseguia ver Molly ,estavam a dar-lhe uma espécie de choques com uma máquina. Eu já tinha visto uma cena destas nos filmes e nunca acabava bem.
Comecei a imaginar viver sem ela. Não ter ninguém para ligar às quatro horas da manhã. Não ter aquelas conversas com ela, não conseguir ver o seu sorriso. Comecei a chorar.-Você conhece a paciente ?- pergunta um dos médicos que ne impediu de entrar.
-Sim ,ela é a minha melhor amiga.Após isto vejo a enfermeira à qual me dirigi à minutos atrás.
-Desculpe senhor doutor eu tentei impedir a jovem ,mas ela começou a correr.
DESCULPA? TU NAO ME IMPEDISTE DE NADA.
-Não faz mal -afirma o médico- faça-me um favor..
Se isto fosse um filme o médico ia dizer-lhe para ela pegar nas tralhas dela e se pôr a andar. Se isso acontecesse eu ia sentir-me culpada ,muito culpada.
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Lost Angel
Teen FictionSerá normal estar no meio de mil pessoas e sentires-te sozinha? Chegares a casa e correres para o teu quarto para poderes chorar , para libertares as lágrimas que prendeste durante o dia?? Para Zoe isso tornou-se meio que uma rotina... Tudo mudou na...