Capítulo 3

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And I'm breaking out
I'm breaking out
Last chance to lose control

Hysteria - Muse

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Uma semana depois do ocorrido, tudo parece normal.

Após a aula, Sammy chega em casa mas sua mãe não está. Ela imagina que Rose tenha ido ao supermercado ou ficado até mais tarde no hospital, então ela vai até o banheiro e toma uma ducha gelada, para esfriar a cabeça.
Após o longo banho ela veste uma camiseta branca e um shorts jeans, faz um coque frouxo no cabelo e desce para tomar café.

Enquanto Sammy coloca a água para esquentar e começa a fazer panquecas o telefone toca. Ela seca as mãos e se aproxima da mesa, onde o telefone está.
Não há como entender o porquê, mas quanto mais se aproximava do telefone mais ele parecia distanciar-se dela. E ela sentia uma estranha sensação, como se algo ruim estivesse prestes a acontecer.

-Alô? - Sammy fala.

-Olá, estou falando com Samantha Hyland? - responde uma voz masculina.

-Sim. - Ela estranha a formalidade e seu coração vai se apertando cada vez mais.

-Senhorita Hyland, sinto informar que sua mãe sofreu um acidente grave hoje a tarde. Ela foi atropelada por um carro dirigido por um homem embriagado. Estou ligando do Meritus Medical Center, a Senhorita pode comparecer ao hospital?

Foi como um tiro atingindo seu peito. Sua mão começou a tremer e as pernas ficaram bambas.

-M-Minha mãe? - As palavras fugiam a boca - Não.. - Choque - Como ela está?

Tarde demais, tudo que recebeu do outro lado da linha foi um chiado horrível. Ela colocou o telefone de volta ao gancho e foi quando as lágrimas começaram a escorrer, quentes, por seu rosto.
Houve um barulho ensurdecedor. Só então, ao olhar para trás que ela viu todos os móveis da sala de ponta a cabeça, tudo estava revirado. Sua mente não conseguia raciocinar, suas pernas não a deixavam se mexer.

Então num surto repentino ela secou as lágrimas e saiu correndo porta a fora em direção ao hospital.
Chegando lá ela foi tomada por um desespero terrível.

-Moça minha mãe, Rose Hyland. Pode dizer se ela está bem? - perguntou à mulher no balcão.

-Fique calma - mexeu no computador - ela está no quarto 102, mas primeiro preciso que.. - Sammy não ouviu mais nada, simplesmente foi correndo para o quarto.

Quando achou o quarto, três enfermeiros já estavam correndo atrás dela.

Ela olhou bem para o número "102" e teve medo. Olhou pelo vidro, mas não conseguia ver o lado de dentro, então abriu a porta e entrou. Haviam vários médicos na sala, e Sammy não conseguia ver sua mãe. Foi quando os médicos olharam para ela, e os enfermeiros a puxaram de volta trancando a porta.

-NÃO, NÃO!! ME SOLTEM!! - Ela se sacudia enquanto um dos homens vestidos de branco a segurava, e um outro tentava aplicar uma injeção em seu braço - ME SOLTEM!!

Os enfermeiros soltaram Sammy.

Porém quando ela olhou para o chão uma dor terrível a atingiu, ela caiu de joelhos, e olhando para frente viu sangue. Com a mão na cabeça e uma careta de dor ela olhou em volta de si. Os três enfermeiros estavam caídos no chão. Sangue escorria pelos seus olhos, nariz e ouvidos.
Sammy começou a chorar novamente. A dor não cessava em sua cabeça, e sua blusa estava completamente manchada pelo sangue dos enfermeiros que se espalhava pelo chão branco do hospital. Foi engatinhando até a porta, e empurrou-a.

Todos os médicos que estavam ali também estavam mortos, da mesma forma que os enfermeiros.

A dor ia aumentando, consumindo-a, e ela olhou para a cama. Arrastou-se até lá, e se apoiou nos móveis para se levantar e ver o corpo sem vida de sua mãe. Não fosse pela palidez de sua pele, era como se estivesse apenas dormindo serenamente.

Dormindo para sempre.

Sammy acariciou o rosto pálido de Rose, pôs a mão em seus cabelos e finalmente desmaiou.

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