Capítulo 15

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Eloá narrando

Senti um cafuné em meus cabelos, e logo imaginei que fosse o meu deus grego. Isso era um sonho e daqui a pouco acordarei. Abri um sorrisinho de lado e suspirei fundo imaginando ele nu. Não estava com a mínima vontade de abrir os olhos por isso continuei dormindo.

-Acorda dorminhoca... –A voz grossa de Alex me despertou.

Levantei-me arregalando os olhos mais do que podia.

-Que diabo está fazendo aqui, Alex? –Pergunto cruzando os braços.

-Acordou mal humorada, foi? Até agorinha estava sorrindo com o carinho que eu estava dando. –Ele diz se explicando.

-Como entrou aqui?

-Pela milésima vez eu entrei pela porta, assim como todos fazem.

-Você não pode entrar no meu quarto sem a minha autorização. –Digo ríspida e ele gargalha. –Estou falando sério.

-Sou seu namorado eu posso entrar a onde eu quiser. –Ele diz e se levanta parando a minha frente.

Reviro os olhos e o rosto. Alex põe suas mãos na minha cintura me puxando para perto de si.

-Qual foi? Tá muito marrenta viu? –Ele diz puxando meu rosto.

Ele tenta me beijar, mas eu me esquivo e me desgrudo de perto do seu corpo.

-Por que veio aqui?

-A gente combinou de sair, esqueceu? –Ele diz me analisando de cima baixo com malicia. –Ou a gente pode ficar aqui e aproveitar um pouco a sua cama. –Ele diz me deixando com o estômago embrulhado.

-Eu vou me arrumar me encontra lá em baixo. –Digo e ele faz biquinho.

-Me deixa ficar.

-Não, agora vaza. –Empurro-o para fora e fecho a porta.

Tinha me esquecido que iria sair hoje com ele. Suspiro fundo e passo as mãos no rosto. Tenho que se lembrar de trancar essa bendita porta antes de dormir, vai que Alex entra e vê minha arma, a agenda dele ou até mesmo pega o meu celular. Só de pensar nisso sinto um frio na barriga.

Tiro a blusa que usava e ponho uma regata cavada cinza e um short jeans cor vinho, arrumo os cabelos e os deixo no coque mesmo. Estava sem paciência para me arrumar e muito menos pra sair. Passo perfume e faço uma maquiagem de leve. Pego a minha bolsa e um chinelo de dedo mesmo. Acho que o Alex não iria me levar para um lugar chique ou qualquer outra coisa, só pela sua roupa que usava dava para perceber que era algo simples.

Sai do quarto e fecho a porta trancando-a, desço e encontro Alex sentado no sofá assistindo televisão com a dona Cecília. Ele estava de bermuda estampada e uma blusa normal de manga curta. Ele se levanta quando me viu e eu abro um sorriso sem mostrar os dentes para o mesmo.

-Você tá linda. –Ele diz me olhando de cima a baixo.

-Obrigada. Vamos?

-Pra onde vocês estão indo, crianças? –Indagou Cecília.

-Vou levar sua sobrinha para um lugar legal, fica suave tia Ceci. –Ele diz pegando em minha mão.

Caminhei até a Cecília e dei um beijo em seu rosto.

-Se eu morrer fala para a minha tia que eu a amo. –Sussurro no ouvido de Cecília e ela arregala olhos. –Até daqui a pouco, tia. –Pisco para ela e caminho para a porta puxando Alex.

OPERAÇÃO NO MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora