Capítulo 12 ✅

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[... Hanna ...]

Isso é ridículo. É inacreditável saber que todos ficaram contra mim pelo que fiz com Jennifer.

Ok, não foi uma das coisas mais inteligentes que eu já fiz na vida ou algo assim, mas eu sei que ela não ia morrer.

O brinquedo tem trocentos cintos de segurança e duzentas travas e quando eu solto uma só todo mundo fica com raiva de mim e me acha a pessoa mais horrível do mundo?

Minha irmã não ia morrer, foi só uma brincadeira. De mal gosto? Confesso que sim, de muito mal gosto, mas fazer o que né? O que já está feito, está feito.

Eu não posso voltar para casa agora porque provavelmente Jennifer e os novos amiguinhos super protetores dela vão estar lá, e então para onde eu vou....?

Ahá, tenho um lugar especial que eu posso ir.

Depois de bater duas vezes na porta, Sebastian a abre.

-Oi - falo animada.

Ele me dá espaço para entrar e eu entro.

-Tudo bem? -ele pergunta.

Imediatamente eu lembro de quando apertei o botão do cinto de segurança da minha irmã.

Assinto com a cabeça tentando me livrar desses pensamentos e o sigo para o seu quarto.

É a primeira vez que eu entro lá, e ele é grande e cheio de troféus de futebol e medalhas de natação.

-Ual -falo. -Que fortaleza.

Ele ri e se joga na cama. Depois de ver tudo o que dá pra ser visto corro até sua cama e sento.

-O que faz aqui? -ele pergunta olhando para o teto.

Eu penso que ele deveria ter peguntando o que eu fazia ali assim que abriu a porta pra mim, mas não, ele só veio perguntar isso agora.

-Eu vim te ver. Hã... tava um tédio lá em casa e então eu resolvi caçar o que fazer.

Ele sorri e olha bem nos meus olhos.

-Hanna, você sabe que não precisa ter mentiras entre a gente. Somos amigos e você pode me contar o que você quiser.

Me sinto bem, e por um segundo esqueço da maldade que fiz para Jennifer.

-Eu sei -falo. -É que... eu realmente não estou afim de falar sobre isso.

Então ele se levanta e me abraça, caindo na cama de novo e eu bem do seu lado.

Consigo sentir sua respiração no meu rosto.

- Quando você quiser... tô aqui -ele diz.

Sorrio e assinto. Não tem garoto nessa face da Terra mais perfeito que Sebastian. E é por isso que eu digo isso para mim mesma, em alto e bom som. "SEBASTIAN É MEU!"

[... Samuel ...]

Eu simplesmente não consigo acreditar no tamanho da façanha de Hanna. Aquela garota nunca foi capaz de mandar um cachorrinho na rua sair, imagina então fazer o que fez.

Jennifer está realmente muito abalada. Dá claramente para perceber isso nela porque de repente ela ficou quieta e vazia.

Annabeth tentou animá-la algumas vezes com piadas literárias e malabarismo, o que não deu muito certo e Anna derrubou todas as laranjas na cabeça o que foi muito engraçado e Jenn nem ao menos deu um sorrisinho de canto.

Por volta das dez e meia eu e Anna estávamos saindo da casa de Jenn e vimos Hanna entrar. Fingimos que estávamos indo para a cozinha e Hanna subiu de fininho e nós a seguimos.

Gêmeas em guerraOnde histórias criam vida. Descubra agora