UM NOVO COMEÇO

121 28 3
                                    



Depois de ver Reeh correndo de mim senti meu coração apertar como nunca tinha sentido em toda a minha vida, foi uma sensação horrível ver o amor da sua vida indo embora e talvez por minha culpa, acho que a minha aparência estava o afetando e precisava mudar aquilo, precisava ficar agradável para os olhos do meu amado novamente, talvez ele ainda não me amasse mais por causa da minha atual aparência mas eu tinha que mostrar para ele que tudo ia voltar ao normal, meu cabelo estava crescendo rápido, os hematomas eu poderia esconder com a base até que eles sumissem sozinhos, as cicatrizes eu poderia esconder enquanto passava algum creme para fazer las diminuir, eu ia reconquistar meu Reeh de um jeito ou de outro, por mais que ele não me amasse eu ainda o amava e não iria desistir assim tão fácil.



Eu nunca ficava sozinho naquele quarto de hospital, assim que Vítor saiu eu tive várias visitas, dentre elas Larissa e Max que ficaram pouco mais de duas horas comigo e assim que eles se foram meus avós apareceram, eu expliquei toda a história para eles e acabamos chorando por tudo que eu havia vivodo, por nossas perdas, por toda a dor que foi causada, por todo o tempo perdido. Meus avós estavam muito abalados mas eles pareciam felizes por me verem se recuperando, acho que eu ia morar com eles assim que eu saísse do hospital. Não demorou muito para Vítor aparecer assim que eles se foram, já era noite, eu olhava para fora do hospital e reparava como aquele lugar era lindo quando fui surpreendido por Vítor que carregava varias sacolas e ria para mim como se estivesse realizado um sonho meu.



- Eai festa do pijama? - ele sacudia a sacola de compras e ria.- acabei comprando mais doque você pediu, não para você ficar ainda mais bonito para Reeh, mas sim, para voltar a se achar bonito para si próprio.- ele colocava as sacolas em cima da cama.



- É difícil para qualquer um me achar bonito com tudo isso que aconteceu...- voltei a olhar para fora da janela para não encarar Vítor nos olhos.



- Você quer voltar a ficar de cama? Porque se você falar mais alguma besteira dessas vou ser obrigado a te dar um golpe de karatê.- ao mesmo tempo que falava ele golpeava o ar tentando parecer que dominava aquele estivo de luta.



- É melhor você parar antes que manda alguém para a UTI, você esta muito velho para isso.- tentava permanecer sério mas foi muito difícil acabei desatando a rir.



- Aaaae eu sou velho? Eu vou te mostrar o velho. - mesmo eu ainda estando fraco Vítor teve a coragem de me aguardar e me girar, ele se divertia enquanto eu ria e pedia para ele me solvar, quando finalmente ele me obedeceu eu já estava tonto o bastante para ficar em pé e percebendo isso ele me colocou em seus ombros e me despejou em cima da cama.



Eu ria muito alto e não conseguia parar, Não se contentando em me deixar tonto agora ele me fazia cossegas, meu ponto mais fraco. - Pa...para Vitor, E..E..eu não to co..conseguindo respirar.- ele tampou a minha boca para que o meu grito não atrapalhasse os outros que estavam próximos a sala.



Ele subiu em cima de mim, ainda tapando a minha boca, e me encarava nos olhos.- pede arrego! - eu apenas neguei com a cabeça. - Você quer brincar comigo não quer?! - ele me olhava com os olhos serrados e desconfiados, já estava pronto para me deixar vermelho de tanto rir novamente.



- Ta bom!!Ta bom!! você venceu, eu desisto.- falei tentando o tirar de cima de mim.



- E oque mais?



- você também não é octogenário.



- AH BOM! E oque mais?



- Eu não sou um monstrinho.



- Até que enfim entendeu! Oque mais?



- Tem mais coisas Vítor?



- Claro que tem! então diga, oque mais?

Notas de um amor.Onde histórias criam vida. Descubra agora