1 - A Carta

795 42 19
                                    

Era um dia nublado na Oficina de Norte. Era por volta de Setembro e os Yetis já tinham começado a fazer os brinquedos para o Natal. Jack Frost levantara-se há pouco tempo. Vestira-se de como era costume: o seu casaco azul, coberto de efeitos de gelo, e as suas calças castanhas bem justas e rasgadas nos tornozelos. Bocejava até à Sala do Globo, apesar de já estar habituado a levantar-se cedo, e olhou pela a janela. Avistava um céu cinzento que lhe cobria a vista, e que fazia o ambiente ficar um pouco deprimente. Este pegou no seu bastão e foi dar o seu voo matinal.

Era uma amanhã fria, com correntes de ar tão geladas que as pontas dos dedos de Jack quase se transformavam em gelo. Algo habitual no Pólo Norte. O rapaz adorava aquilo. Era capaz de passar ali um dia inteiro. Voava por cima das nuvens, onde o céu era sempre azul e o Sol sempre brilhante, pelo menos naqueles seis meses de dia. Mas ele não ficava por aí, pois ia para além dos glaciares, onde as florestas eram verdes, e as montanhas estavam cobertas de neve.

Voltara finalmente à oficina. Enquanto sacudia a neve que tinha entrelaçada no seu espetado cabelo branco, avistou em cima da mesa, uma coruja, que quando o viu desatou a voar pela janela fora. Ao fundo encontrava-se Norte, que sorriu à sua chegada:

Norte: Foi bom o voo matinal?
Jack: Sim, mas parece-me a mim que está manhã não devia estar tão nublada! As anteriores não estavam assim!
Norte: Nem todos os dias podem ser solarengos! Mas duvido que tenha sido um problema pra ti.
Jack: Nunca há de ser - e pausou - E...obrigado por me teres deixado ficar aqui esta noite, só espero que não te tenha incomodado!
Norte: Nada disso! Era o mínimo que podia fazer depois daquele incidente com o teu Castelo de Neve! Peço desculpa pelas minhas renas!
Jack: Não faz mal, Norte. Acontece.
Norte: Se precisares de ajuda para o reconstruir, avisa. Mas não tenhas pressa, podes ficar aqui o tempo que quiseres.
Jack: Agradeço-te!
Norte: Já agora...chegou isto pra ti!

Norte estendeu-lhe a mão com uma enorme carta, e Jack sem hesitar, pegou nela com todo o cuidado, admirado:

Jack: Que é isto?! Pensava que os Guardiões não recebiam correio!
Norte: E não recebem! Mas uma coruja vinda de sabe-se lá de onde, veio entregar-me esta carta. Não me deixou sequer ver do que era, ainda me deu umas boas bicadas. Era dirigida a ti.

Jack Frost fez cara de caso:

Jack: OK...se era assim tão importante, ou parece ser, então é melhor abrir.

O rapaz tentou fazê-lo, mas esta não se queria abrir. Mal ele descolou a prega, a carta saltou-lhe das mãos e como por magia, começou a falar, onde na parte da frente expressava um rosto da cara de uma mulher em papel:

Carta: Caro Sr. Jack Frost, foi aceite na escola de magia e feitiçaria em Hogwarts. Deverá estar presente na estação de Londres, na plataforma 9 e 3/4, ás 18:00 da tarde, para apanhar o seu comboio. É de sua responsabilidade, trazer todo o material referido na lista e roupas de várias estações, para os fins de semana e dormidas do ano letivo. Lamentamos, que tenha recebido a informação no preciso dia, mas tivemos dificuldades em enviar a carta para está localização. Obrigado e Bom dia.

A carta fechara-se e caíra no chão. Jack ficará pasmado e ao mesmo tempo aflito com a situação. Tão aflito que começou a fazer inúmeras perguntas:

Jack: Que carta era aquela?! Como sabia o meu nome?! Há mais magia para além da nossa?! O que é uma escola de feitiçaria?!

Immortal Guardians: The Big Four e o Segredo dos Quatro FundadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora