Capítulo 7

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Galerinha que está lendo, o que estão achando do livro?
Não se esqueçam de dar estrelinhas e comentar. Bora pra mais um capítulo *-*

Em algum momento daquela interminável noite, Ashlyn ficou em pé e apalpou as paredes da cela. O tornozelo doia a cada passo que dava. Era o aviso de todas as horas que tinha passado subindo as montanhas cobertas de neve do exterior do castelo, e da esperança que tinha perdido com seis movimentos de uma espada.

Sua busca de escapatória foi infrutífera. Não tinha janelas nem nenhum túnel pelo que se lançar como se fosse Alice no País das Maravilhas. Em algum momento tinha perdido o celular, embora não pensasse que tivesse cobertura no calabouço de um castelo.

À medida que passava o tempo, a escuridão se fechou mais e mais a seu redor. Só queria retornar a sua casa, pensou enquanto voltava para se aconchegar no chão. Queria esquecer aquela experiência. Podia viver com as vozes a partir daquele momento, viveria com elas. Tentar silenciá-las lhe tinha custado muito caro. Possivelmente, seu trabalho. Sua amizade com Mclntosh. Certamente, uma parte de sua prudência. Nunca voltaria a ser a mesma. O rosto sem vida de Maddox a perseguiria durante o resto de sua vida. Oh, Deus.

Lágrimas de desgosto cairam por seu rosto.

Por favor, deixem que me vá, balbuciou uma voz Por favor. juro, nunca voltarei.

Eu tampouco, pensou ela.

-Esteve aqui toda a noite, mulher?

Passou um momento até que Ashlyn
conseguisse se orientar. Aquela voz..., juraria que provinha do presente, não do passado.

Aquele som áspero e retumbante ressoava em seus ouvidos.

-Me responda, Ashlyn.

Passou outro momento antes que se desse conta de que era a voz que tinha gravada na mente, embora só a tivesse ouvido umas poucas vezes. Lutou por ver algo na escuridão... mas não encontrou nada.

-Ashlyn, me responda.

-Maddox? - perguntou ela. Não. Não podia ser. Tinha que ser um truque.

-Responde a pergunta.

De repente, a porta se abriu, e a luz iluminou a cela. Ashlyn piscou contra os pontos alaranjados que lhe nublavam a vista. Tinha um homem no vão, uma sombra alta e negra.

O silêncio, um silêncio doce que só tinha conhecido uma vez, envolveu-a.

Apoiou as palmas das mãos contra o muro que tinha atrás dela e ficou em pé muito devagar. Seus joelhos tremiam. Ele não era... não podia ser... Não era possível. Aquilo só ocorria nos contos de fadas.

-Responde. - insistiu a figura.

Tinha certa violência em seu tom de voz naquele momento, como se falasse com duas vozes. Ambas escuras, espessas e ensurdecedoras.

Ashlyn abriu a boca para falar, mas não emitiu nenhum som. Aquela voz dupla era gutural, turbulenta e, entretanto, sensual. Maddox. Não tinha se equivocado. Estremecendo, limpou as lágrimas das rosto com o dorso da mão.

-Não o entendo. - disse. Estou sonhando?

Maddox... Não, o homem, porque aquele não podia ser Maddox por muito que se parecessem suas vozes, entrou na cela. Como podia ser aquilo?

Um gêmeo.

Ashlyn abriu os olhos de par em par. Um gêmeo. Claro. Por fim algo que tinha sentido.

-Mataram a seu irmão. - disse.

-Eu não tenho irmãos. - respondeu ele. -Não de sangue.

-Mas... mas...

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